Na Ășltima segunda-feira (26), a equipe de assistĂȘncia mĂ©dica do Hospital Cassems de Campo Grande participou de uma aula de manejo da dengue. Enfermeiros, tĂ©cnicos de enfermagem e mĂ©dicos que atuam na unidade hospitalar reviram os dados epidemiológicos para se preparar para uma possĂvel epidemia.
O mĂ©dico residente Alik Antunes conta que "a dengue Ă© recorrente no nosso paĂs hĂĄ uma longa data e Ă© uma doença que, por mais que seja comum, tem a tendĂȘncia de evoluir para formas graves. Existem vĂĄrias nuances do seu manejo que são atualizadas e outras situações que temos que ficar sempre alertas. Por isso, a importância de termos atualizações e revisões. Porque, assim, conseguimos evitar desfechos graves se tivermos um manejo adequado da doença".
Acompanhar as alterações nos protocolos foi um dos objetivos do encontro e para o responsĂĄvel tĂ©cnico de enfermagem do Hospital Cassems de Campo Grande, OdĂlio Noleto, "Ă© muito importante essa atualização porque a gente precisa saber se teve alguma alteração nos principais cuidados que devemos ter, numa visão clĂnica do paciente".
A médica infectologista, Lis Regina Renno, foi uma das palestrantes e explica o que foi abordado na aula, que foi feita de forma clara e fåcil.
"Hoje, a gente recordou como Ă© o ciclo da doença para as pessoas que estão na ponta atendendo, desde a recepção atĂ© a enfermagem e equipe de mĂ©dicos. Elas tĂȘm que estar atentas aos sinais de alarme de uma doença que por vezes a gente acha que Ă© simples. A ideia de a gente estar aqui hoje Ă© para facilitar e tentar deixar esse manejo um pouco mais claro, um pouco mais fĂĄcil e que a gente possa manejar esse paciente da melhor forma possĂvel".
A infectologista e ResponsĂĄvel TĂ©cnica de Infectologia do Hospital Cassems de Campo Grande, MĂĄrcia dal Fabro, que tambĂ©m palestrou no evento, elenca as fases da doença e ressalva o aumento no nĂșmero de casos de dengue.
"Hoje, nós falamos sobre o manuseio do paciente com dengue, para rever todos os dados e questionamentos, como, como lidar com o paciente, os cuidados que nós temos que ter nas fases da doença. Nós temos trĂȘs fases da dengue: a febril, a crĂtica e a de convalescĂȘncia. A fase crĂtica Ă© bem importante, porque Ă© onde as coisas acontecem, onde pode evoluir com gravidade e causar óbito. Nós somos um estado endĂȘmico de dengue, tem Ă©poca que temos mais casos e em outras menos, mas o importante Ă© lembrar o ano inteiro que ela pode aparecer e os dados epidemiológicos tĂȘm mostrado um aumento importante, recentemente".
De acordo com a diretora de AssistĂȘncia à SaĂșde da Caixa dos Servidores, Maria Auxiliadora Budib, nĂșmeros recentes mostram um aumento de quase 100% de notificações de dengue, em relação ao ano passado.
"A gente tem uma rede ampla de mĂ©dicos atendendo em todas as linhas de cuidado, em especial no Pronto Atendimento. Nós temos 10 Pronto Atendimentos, em 10 hospitais e o objetivo da aula de hoje Ă© orientar o que fazer com o paciente que chega com suspeita de dengue. Estamos numa semana epidemiológica importante, expressivamente maior, quase o dobro do que o ano passado e essa capacitação tem o objetivo de uniformizar e fazer a intervenção o mais precoce possĂvel para que o quadro do nosso paciente não se agrave".
Fonte: Ascom Cassems