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Operação Dagon: Receita investiga fraudes fiscais no agronegócio

Produtores rurais suspeitos de sonegação de Imposto de Renda são alvo da terceira fase da Operação Dagon da Receita Federal.

Por Midia NAS em 13/03/2024 às 18:00:36

Produtores rurais suspeitos de sonegação de Imposto de Renda são alvo da terceira fase da Operação Dagon da Receita Federal. A ação desta quarta-feira (13) busca desmontar um esquema fraudulento comandado por empresas criminosas chamadas de "noteiras", que emitiam notas fiscais eletrônicas falsas para reduzir indevidamente, ou não pagar os tributos devidos por pessoas jurĂ­dicas e fĂ­sicas.

A operação estĂĄ concentrada nos estados de GoiĂĄs e da Bahia.

De acordo com a Receita Federal, a fraude foi descoberta em 2019. O esquema consistia na abertura de empresas de fachada, para emissão de notas fiscais eletrônicas frias de venda falsa de insumos agrĂ­colas.

Segundo a Receita, o que chamou a atenção dos auditores foram os altos valores das notas fiscais e o fato de a compra desses insumos de outro estado implicar em frete caro e complexo, o que não compensaria financeiramente ao produtor rural.

O nome da operação, Dagon, faz referĂȘncia a uma divindade da agricultura dos filisteus, povo que ocupou a costa sudoeste de Canaã. O deus Dagon apresenta duas faces. Uma delas, adorada em um momento da história, e a outra, retratada como demônio.

As duas primeiras fases da operação foram realizadas no Rio Grande do Sul. A terceira fase expandiu as ações para o restante do paĂ­s.

Resultados

A estimativa Ă© de tenham sido movimentados R$ 2,2 bilhões em notas fiscais eletrônicas frias no perĂ­odo de junho de 2019 a dezembro de 2022. Os auditores da Receita calculam que mais de R$ 550 milhões de Imposto de Renda Pessoa FĂ­sica deixaram de ser recolhidos aos cofres pĂșblicos devido ao esquema fraudulento.

Destes R$ 550 milhões, R$ 375,4 milhões jĂĄ foram lançados em crĂ©dito tributĂĄrio, incluindo imposto, multa e juros para serem quitados. E mais: novos procedimentos fiscais devem ser abertos aos contribuintes que se beneficiaram das notas fiscais eletrônicas frias.

Os produtores rurais investigados responderão tambĂ©m por crimes fiscais e fraude. Entre as penalidades pelo emprego de notas fiscais frias, estĂĄ uma multa majorada em 150% e a representação fiscal ao MinistĂ©rio PĂșblico para fins penais.

Autorregularização

Os contribuintes que estão sob procedimento de fiscalização e desejam regularizar os dĂ©bitos fiscais podem aderir ao Programa de Autorregularização Incentivada, que oferece condições especiais aos devedores da Receita. Em alguns casos, pode haver descontos de atĂ© 100% dos juros de mora.


A adesão ao Programa de Autorregularização Incentivada Ă© feita pela internet e vai atĂ© 1Âș de abril pelo link com login e senha do Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte, o Portal e-CAC. O contribuinte ou seu procurador precisam ter Conta GovBr com nĂ­vel de confiabilidade Prata ou Ouro.

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