Samantha ri ao ouvir que Zinha não é "aquela mocinha" para quem o público torce em uma novela, e concorda. Porém, ela acredita (e cruza os dedos) que ela será mais compreendida após descobrir a própria sexualidade com a chegada da professora Lu (Eli Ferreira). "Ela vai meio que se se soltar. Vai ficar também mais forte, decidida", observa.
A atriz não se prolonga sobre o futuro da relação com a professorinha, até porque também está previsto o envolvimento de Zinha com outra personagem (a ser vivida por uma atriz ainda não escalada), que irá entrar na novela. "Não sei muitas coisas", despista Samantha, que é bissexual e hoje vive com a namorada, a também atriz Manu Morelli.
"Estamos juntas há um ano e meio e temos uma relação gostosa, com muita cumplicidade", contou Samantha, que não vê problema em falar de sua vida pessoal. "O que me incomoda é uma invasão desenfreada e, felizmente, isso não acontece comigo. Recebo mais mensagens de carinho e respeito do que ataques", diz a atriz, que nasceu em Salvador, foi criada na cidade de Senhor do Bonfim, no sertão baiano, e se mudou para o Rio há oito anos para fazer faculdade de artes cênicas.
Desde então, Samantha trabalhou em "Um Lugar ao Sol" (2021), "Todas as Flores" (2022) e está no seu terceiro trabalho na Globo. "'Renascer' é incrível. Tem um texto lindo, com muitas camadas, e permite que a gente trate de todas elas, e que o público acesse essas várias camadas", elogia ela, que diz ser muita grata por Zinha, personagem que não existiu na novela original de Benedito Ruy Barbosa, exibida em 1993.
A história era a de um personagem masculino, chamado Zinho (interpretado por Cosme dos Santos), e mais concentrada no ódio que ele sentia por José Augusto, filho mais velho de José Inocêncio. "O mote nesse sentido é o mesmo", conta Samantha sobre o remake. "Ela não perdoa o Zé Augusto pela morte o pai e, consequentemente, todo seu sofrimento, já que a mãe casou com outro homem e a deixou na fazenda. É muita raiva acumulada (risos)."