Após uma semana em que sofreu fortes pressões internacionais por conta do ataque ao Consulado do Irã, na Síria, e das mortes dos trabalhadores humanitários em casa, sem se falar das complicações para entrada de ajuda humanitária no enclave palestino, Israel se comprometeu, nesta sexta-feira (5) a autorizar a entrega “temporária” de mais ajuda e admitiu “erros” no bombardeio que matou sete trabalhadores humanitários no território palestino arrasado por seis meses de guerra. O governo aprovou a entrada de ajuda pelo posto de Erez, no norte de Gaza, o que flexibilizaria o cerco que impôs pouco depois de lançar sua ofensiva contra o Hamas, no poder no território palestino, em represália ao ataque letal de comandos islamistas no sul de Israel em 7 de outubro.
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsAppTambém prometeu habilitar o porto de Ashdod, cerca de 35 km ao norte de Gaza, para a recepção de insumos, e autorizou “o aumento da ajuda” pelo posto de Kerem Shalom, no sul. O Exército israelense reconheceu uma série de “erros” no bombardeio que matou sete funcionários humanitários (seis estrangeiros e um palestino) na segunda-feira em Gaza. Esses anúncios foram feitos um dia após os Estados Unidos, principal aliado e fornecedor de armas de Israel, condicionarem pela primeira vez seu apoio às medidas que Israel adotasse para proteger os civis e os trabalhadores humanitários em Gaza.
A guerra, desencadeada no dia 7 de outubro após Hamas invadir Israel, já soma 33.091 mortos em Gaza, principalmente civis, segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas em Gaza. Das 250 pessoas sequestradas pelo grupo islâmico, 130 continuam retidas em Gaza, incluindo 34 que teriam falecido, segundo as autoridades israelenses. Desde o início da guerra em Gaza, tem crescido o temor de que o conflito adquira uma dimensão regional. O líder do Hezbollah pró-iraniano do Líbano, Hasan Nasrallah, considerou nesta sexta-feira “inevitável” que o Irã reaja ao bombardeio, atribuído a Israel, de seu consulado em Damasco, que matou 16 pessoas, incluindo dois generais.
*Com informações da AFP