Na sessão de hoje, o TRE atingiu placar de 4 votos a 2 para rejeitar ações do PT e PL para tirar Moro do cargo de senador. O Ășltimo voto serĂĄ proferido na sessão de hoje pelo presidente do TRE, Sigurd Roberto Bengtsson.
O tribunal realiza a quarta sessão para julgar o caso. AtĂ© o momento, os desembargadores Luciano Carrasco Falavinha Souza, Claudia Cristina Cristofani e Guilherme Frederico Hernandes Denz e Anderson Ricardo Fogaça votaram contra a cassação. Os desembargadores JosĂ© Rodrigo Sade e Julio Jacob Junior se manifestaram a favor.Os advogados do PT e do PL afirmaram que vão recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Se Moro for cassado pelo TSE, novas eleições serão convocadas no ParanĂĄ para preencher a vaga do senador. Ele tambĂ©m poderĂĄ ficar inelegĂvel por oito anos.
No final de 2021, Moro estava no Podemos e realizou atos de prĂ©-candidatura à PresidĂȘncia da RepĂșblica. De acordo com a acusação, houve "desvantagem ilĂcita" em favor dos demais concorrentes ao cargo de senador diante dos "altos investimentos financeiros" realizados antes de Moro deixar a sigla e se candidatar ao Senado pelo partido União Brasil.
Para o MinistĂ©rio PĂșblico, foram gastos aproximadamente R$ 2 milhões, oriundos do Fundo PartidĂĄrio, com o evento de filiação de Moro ao Podemos e com a contratação de produção de vĂdeos para promoção pessoal, alĂ©m de consultorias eleitorais. O PL apontou supostos gastos irregulares de R$ 7 milhões. Para o PT, foram R$ 21 milhões.
A defesa de Moro argumenta pela manutenção do mandato e nega irregularidades na prĂ©-campanha. De acordo com o advogado Gustavo Guedes, Moro não se elegeu no ParanĂĄ pela suposta prĂ©-campanha "mais robusta", conforme acusam as legendas.