A Câmara Municipal de Cassilândia rejeitou, por sete votos a quatro, um pedido de cassação apresentado pela vereadora Sumara Ferreira Leal contra o presidente da Casa, vereador Arthur Barbosa de Souza Filho.
Seriam necessários seis, dos 11 votos, para Câmara aceitar o pedido e o processo tramitar. Após a comissão, seriam necessários oito votos para possível cassação. Votaram a favor do pedido os vereadores Carlos Cordeiro (União), Peter Saimon (PP), Fernanda Messias (Republicanos) e Fião (PSDB).
Votaram contra os vereadores: Jose Martiniano - PDT; Oba Oba - PSDB; Leandro Rosa - PSDB; Luiz Fernando - União; Nelson Gomes - Republicanos; Zé Divino - PSDB; Cleiton - PDT.
A votação aconteceu após vários adiamentos, por falta do suplente. Hoje, os suplentes Clayton e Carlos Cordeiro foram chamados para os lugares de Sumara e Arthur, para que a votação fosse realizada.
O vereador Peter Saimon votou a favor do pedido e comparou com outro pedido de investigação contra ele e Sumara, que teve voto favorável da Casa, mesmo com parecer jurídico contrário. "São coisas que essa casa demonstra o que realmente acontece em Cassilândia: Somos uma junção da prefeitura municipal, infelizmente", criticou.
Já o vereador Zé Divino, que foi contrário ao pedido, disse que a matéria deixou todos tristes e desolados, mas que votaria não, pela harmonia da Câmara. "Estou legislando para o bem do nosso povo e da nossa cidade Convoco todos para colocar harmonia na Casa", justificou.
A vereadora denuncia o colega por incidência no artigo 7?, III, do Decreto-Lei nº 201, de 1967, além das disposições correlatas na Lei Orgánica do Municipio e Regimento Interno da Câmara, por proceder de modo incompatível com a dignidade da Câmara, faltando com o decoro na sua conduta pública.
"Desde 2023, o denunciado, na condição de atual presidente na Câmara dos Vereadores de Cassilandia-MS vem constrangendo de forma sistemática e deliberada a denunciante, que também é vereadora nesta casa", diz a denúncia.
O vereador Arthur Barbosa Souza Filho se pronunciou em vídeo na rede social, alegando que utilizaram parte da fala dele.
"Pegaram parte da minha fala e estão, de certa forma, tentando me incriminar como uma pessoa machista, que não respeita as mulheres. Quando citei a questão de usar o corpo, minha intenção foi de usar o corpo para o trabalho, participar das reuniões, estar presente no contexto geral. Jamais eu quis aqui denegrir a imagem da parlamentar, trazer algum tipo de constrangimento e muito menos menosprezo a mulheres", afirmou.
O vereador afirmou ainda que quem lhe conhece sabe que tem respeito e já realizou várias palestras sobre Dia Internacional da Mulher, Agosto Lilás, questão da saúde da mulher.
"Sou casado, tenho uma filha, mãe, irmãs. Com toda certeza, tenho bastante mulheres que são próximas a mim. Tenho respeito. A fala foi direcionada em momento de discussão política. Neste contexto, a gente sabe que estão querendo denegrir minha imagem como um cidadão que não respeita as mulheres", completou.