SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um incêndio de grandes proporções em uma pensão na região central de Porto Alegre provocou a morte de dez pessoas na madrugada desta sexta-feira (26).
Outras 11 pessoas ficaram feridas - oito permaneciam em hospitais até o início da tarde. Entre os hospitalizados, seis estão no Hospital de Pronto Socorro e quatro deles em estado grave. Os outros dois pacientes estão no Hospital Cristo Redentor.
O prédio de três andares, na avenida Farrapos, pegou fogo no meio da madrugada. O incêndio só foi totalmente controlado por volta das 5h.
A pensão funcionava no local em situação irregular, sem alvará e plano de segurança.
Embora particular, a pensão mantinha contrato com a Prefeitura de Porto Alegre para abrigar pessoas em situação de vulnerabilidade social, através de um sistema de voucher.
A Fasc (Fundação de Assistência Social e Cidadania), ligada à prefeitura, disse à Folha que, entre as pessoas hospitalizadas, uma delas utiliza o voucher.
O órgão ainda não tem informação sobre a situação das dez vítimas fatais, se elas utilizavam ou não o voucher.
A reportagem também questionou a Fasc sobre o fato de o estabelecimento não ter alvará nem plano de segurança, mas ainda não teve resposta.
O incêndio ocorreu perto de um posto de combustíveis, o que assustou ainda mais moradores vizinhos ao prédio e motoristas que passavam pelo local.
O prédio ficou completamente destruído. Segundo os bombeiros, os corpos das vítimas foram encontrados carbonizados.
Os corpos foram levados para o IML, que, até o início da tarde desta sexta, havia identificado quatro vítimas, todas do sexo masculino. Os nomes e as idades não foram divulgados.
O presidente Lula (PT) se manifestou em suas redes sociais, prestando solidariedade.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), se manifestou em suas redes sociais dizendo que a morte de pessoas no incêndio "consterna profundamente".