SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Um tribunal de Nova York anulou condenações do produtor Harvey Weinstein por abuso sexual e estupro em decisão publicada nesta quinta-feira (25).
O tribunal decidiu que Weinstein não recebeu um julgamento justo. Dois motivos levaram os juízes a anular a condenação: o juiz permitiu, na ocasião, que mulheres que não faziam parte do caso depusessem na condição de testemunhas e decidiu permitir que os promotores questionassem Weinstein sobre alegações antigas das quais o produtor não foi acusado judicialmente, caso ele decidisse testemunhar. O advogado do produtor alegou, em recurso, que o caráter de Weinstein foi julgado, e não as acusações.
Weinstein foi condenado por abusar sexualmente de Miriam Haley em seu apartamento em 2006 e por estuprar Jessica Mann em um hotel em 2013. O produtor hollywoodiano foi um dos principais alvos do movimento #MeToo em 2017. As informações são do New York Times e da Variety.
Ele está preso em Nova York e será transferido para a Califórnia, para cumprir sentença por crimes sexuais pelos quais foi condenado no estado. Ele foi condenado, em outro julgamento, a 16 anos de prisão em Los Angeles por outros crimes sexuais.
Ainda não se sabe se haverá outro julgamento em Nova York. A decisão está nas mãos do promotor Alvin L. Bragg, que também atua no caso de Donald Trump.
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