O Pantanal, presente na sua maior parte em Mato Grosso do Sul, foi o bioma que mais sofreu com incêndios nos últimos 40 anos (1985 a 2023), de modo proporcional à sua área. A informação foi divulgada pelo MapBiomas, conforme consta, foram 9 milhões de hectares queimados, o que representa 59,2% do território.
Confira os hectares dos biomas afetados:
- Amazônia: 82,7 milhões de hectares
- Cerrado: 88,5 milhões de hectares
- Caatinga: 11 milhões de hectares
- Pantanal: 9 milhões de hectares
- Mata Atlântica: 7,5 milhões de hectares
- Pampa: 518 mil hectares
O Pantanal está enfrentando um dos piores momentos de seca de sua história, com alto índice de focos de incêndio. Como parte do enfrentamento, nesta semana mais de 30 organizações assinaram uma carta propondo a busca por um auxílio internacional por meio do Centro de Coordenação de Resposta de Emergência da União Europeia (CCRE).
Em 2020, considerado o pior ano até então, foram 4,5 milhões de hectares queimados e 17 milhões de animais mortos. Os pesquisadores constaram que o Pantanal não se recuperou totalmente e que as populações das espécies não voltaram ao tamanho que eram. Cerca de 75 milhões de animais vertebrados e 4,6 bilhões de invertebrados foram afetados.
Ações de combate aos incêndios
Fora o já realizado pelo Corpo de Bombeiros e pelo Governo como um todo, vide a elaboração, articulação, aprovação e execução da Lei do Pantanal, outras medidas são adotadas para a prevenção e fiscalização de incêndios florestais no território pantaneiro em Mato Grosso do Sul. Imasul e PMA são os responsáveis por esse trabalho.
Imagens de satélite para monitorar em tempo real o território sul-mato-grossense é um exemplo de ação efetiva. Sempre que um foco de incêndio é detectado, a imagem é aproximada, busca-se informações sobre a propriedade do imóvel e em seguida é investigada a origem do fogo.
Outro recurso adotado nos últimos anos para evitar os incêndios florestais é a detecção de massa vegetal seca que possa oferecer risco de combustão. Nesses casos, o Estado procura o proprietário da área e determina que seja feita a queima controlada desse material, utilizando métodos seguros para controlar as chamas e evitar que se transformem em incêndios florestais.
Tal iniciativa ocorre fora dos períodos de seca – como o atual em que estamos – devido aos riscos que o momento proporciona. Em um trabalho de otimização de recursos, é usado mesmo sistema de satélite que auxilia na fiscalização dos focos de calor para fazer detectar as áreas passíveis de queima controlada.