De acordo com Fiocruz, o estudo apurou tambĂ©m aumento das internações por influenza A entre os idosos em alguns estados das regiões Sul e Sudeste, embora jĂĄ exista sinal de interrupção do crescimento em outros estados do Centro-Sul. O boletim se refere à Semana Epidemiológica (SE) 30, de 21 a 27 de julho, e se baseia nos dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) atĂ© o dia 27 de julho.
Em relação ao vĂrus sincicial respiratório (VSR), foi verificada que a interrupção do crescimento ou a redução do nĂșmero de internações em crianças atĂ© 2 anos estĂĄ mais consolidada em diversas regiões do paĂs. Entretanto, Santa Catarina e Roraima ainda apresentam indĂcios de expansão.O aumento de casos de sĂndrome respiratória aguda grave (SRAG) na Bahia e PiauĂ pode estar relacionado, principalmente, ao crescimento das internações por rinovĂrus entre crianças e adolescentes. No paĂs, de modo geral, o InfoGripe aponta sinal de queda na tendĂȘncia de longo prazo (Ășltimas seis semanas) e de curto prazo (Ășltimas trĂȘs semanas). Essa diminuição Ă© atribuĂda a uma queda ou interrupção no crescimento da SRAG por VSR e influenza A em muitos estados do paĂs, embora os casos ainda estejam em ascensão em outras unidades federativas. O vĂrus VSR se mantĂ©m como a principal causa de internação e óbitos em crianças atĂ© 2 anos de idade, ainda que demonstre queda nas Ășltimas semanas, aponta o estudo.
Outro vĂrus respiratório com destaque para a incidĂȘncia de SRAG em crianças Ă© o rinovĂrus. A mortalidade da SRAG nas Ășltimas oito semanas foi semelhante entre crianças pequenas e idosos. Entre os idosos, destacam-se as mortes associadas ao vĂrus da gripe, influenza A e da covid-9.
De acordo como Boletim InfoGripe, trĂȘs das 27 unidades federativas apresentam crescimento de SRAG na tendĂȘncia de longo prazo. São elas Bahia, PiauĂ e Roraima. A pesquisadora do Programa de Computação Cientifica (Procc/Fiocruz) e do InfoGripe Tatiana Portella informou que a atualização observou manutenção do aumento das internações por influenza A entre os idosos em alguns estados das regiões Sul e Sudeste, apesar de jĂĄ haver sinal de interrupção do crescimento em outros estados do Centro-Sul.
Tatiana disse que, em relação ao VSR, a interrupção do crescimento ou a redução do nĂșmero de internações em crianças atĂ© 2 anos estĂĄ mais consolidada em diversas regiões do paĂs. Contudo, os estados de Santa Catarina e Roraima ainda apresentam sinal de aumento. "O aumento de casos de SRAG na Bahia se deve, principalmente, ao aumento das internações por rinovĂrus entre crianças e adolescentes. Ainda não Ă© possĂvel determinar o vĂrus associado ao crescimento de casos de SRAG no PiauĂ, mas, levando em conta o cenĂĄrio nacional e a faixa etĂĄria mais afetada (5-14 anos), Ă© possĂvel que esse aumento tambĂ©m seja decorrente do rinovĂrus", afirmou Tatiana.
Em relação aos casos de SRAG por Sars-CoV-2, hĂĄ incidĂȘncia maior em crianças pequenas, enquanto a mortalidade tem sido mais elevada entre idosos a partir de 65 anos, sendo esta a segunda maior causa de óbitos por SRAG nessa faixa etĂĄria. PorĂ©m, os impactos em termos de hospitalizações e, tambĂ©m, de óbitos são inferiores aos observados atualmente para os vĂrus VSR e rinovĂrus em crianças, e influenza A em idosos.
Entre as capitais, quatro mostram ampliação nos casos de SRAG: Salvador, Teresina, Vitória e Florianópolis. Nas quatro Ășltimas semanas epidemiológicas, a prevalĂȘncia entre os casos positivos foi de 21,9% para influenza A; 1,1% para influenza B; 33,1% para VSR; e 11,7% para Sars-CoV-2 (covid-19). Quanto aos óbitos, a prevalĂȘncia entre os casos positivos foi de 38,6% para influenza A; 1,7% para influenza B; 13,3% para VSR; e 27,8% para Sars-CoV-2.
No ano epidemiológico de 2024, jĂĄ foram notificados 104.734 casos de SRAG, sendo 51.108 (48,8%) com resultado laboratorial positivo para algum vĂrus respiratório e 40.247 (38,4%) negativos. Pelo menos, 7.555 casos aguardam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos do ano corrente, 19,3% são influenza A; 0,5%, influenza B; 44,4%, vĂrus sincicial respiratório; e 18,1%, Sars-CoV-2.