Os policiais civis de Mato Grosso do Sul reduziram a atividade, em protesto por reajuste salarial para categoria. Os policiais estão atuando no modo "cumpra-se a lei" e não descartam greve, caso o Governo do Estado não atenda as reivindicações da categoria.
Segundo o sindicato, há uma promessa do governador Eduardo Riedel (PSDB), quando ainda era secretário, de colocar a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul entre os seis melhores salários do País. A proposta era de incorporação do chamado "vale coxinha" e mais 18% em três parcelas, além do reajuste geral anual.
O sindicato afirma que esta proposta já era rejeitada pela metade dos servidores, mas a situação ficou ainda pior depois que o governo propôs apenas a incorporação do vale coxinha, com promessa de conversar sobre o reajuste nos próximos anos.
Sem o acordo, os policiais não descartam greve e já reduziram as atividades na delegacia. No modo "cumpra-se a lei", se uma viatura estiver com pneu careca, a equipe não sai; se o delegado não está na recepção para tipificar o boletim de ocorrência (o que é obrigação deles, mas realizado pelos policiais), o serviço também não é realizado; se não está junto com testemunha ou autor na oitiva, também não será ouvido, o que deve dificultar e muito o andamento dos trabalhos.
A categoria protesta por mais reajuste, alegando que o último ocorreu em 2013, e pela convocação de novos investigadores e escrivães, afirmando que o déficit existente hoje é de 900 profissionais, o que representa mais da metade dos 1600 atuais.
Os policiais, que já protestavam por melhores salários, ficaram ainda mais indignados depois que outras categorias, como delegados e fiscais de renda, receberam auxílio saúde de R$ 2 mil, mesmo já recebendo, aproximadamente, R$ 30 mil.