Mais produtores rurais recorrem à recuperação judicial
Por Midia NAS em 23/11/2022 às 10:25:26
As atuais dificuldades econômicas pelas quais o agronegócio tem passado contribuem para que muitos produtores rurais recorram à recuperação judicial como alternativa às complicações financeiras decorrentes, principalmente, de sucessivas quebras de safra e do aumento dos custos de produção agrícola, o que tem preocupado credores do setor.
Embora os números ainda sejam pequenos, o que se vê é que cada vez mais produtores rurais têm procurado essa forma de reestruturação econômica, o que é positivo para a saúde financeira do agronegócio.
É preciso dizer que o atual revés econômico começou durante a pandemia. Quando se pensou que haveria uma recuperação econômica do agronegócio brasileiro, o início da guerra russo-ucraniana elevou os preços dos fertilizantes e defensivos agrícolas importados daqueles países, aumentando demasiadamente os custos de produção. Não bastasse isso, as sucessivas quebras de safras prejudicou muito a situação do produtor rural, a ponto de precisar contrair novos empréstimos para saldar financiamentos agrícolas contraídos anteriormente.
Como a pressão dos custos segue elevada, muitos credores começam a executar judicialmente as dívidas dos produtores rurais, o que poderá acelerar os pedidos de recuperação judicial para que os agropecuaristas peçam ao Judiciário a negociação de seus débitos.
Essa providência já foi adotada por gigantes do agronegócio, como nos casos do grupo mato-grossense Redenção, do conglomerado Machado e Cruvinel e do grupo sul-mato-grossense Sperafico Agroindustrial, que pediram a recuperação judicial de dívidas milionárias. Por isso é que se acredita que a tendência é que o manejo dessa medida se espalhe por todo o país como exemplo de uma boa alternativa para fazer frente a vultosos débitos.
Quanto ao ponto, a recuperação judicial do produtor rural pode ser traduzida na autorização de um plano para o pagamento mensal de todos os seus credores sem o comprometimento de toda a sua renda. Ou seja, trata-se de uma medida que pode ser uma boa oportunidade para que o produtor rural se recupere de sua crise financeira para preservar sua atividade agrícola, que, como se sabe, pode oscilar de safra para safra.
É dizer, ao seguir pela via da recuperação judicial, o produtor rural demonstra sua disposição para honrar seus compromissos financeiros perante seus credores, garantindo um novo fôlego para o seu agronegócio.
Como é complexa a atual situação econômica do país e, por isso, suas condições nem sempre são favoráveis ao empresário do campo, pode-se dizer que, ao permitir a reestruturação financeira do produtor rural, a recuperação judicial abriu caminho para a própria sobrevivência e o sucesso do agronegócio.
Renato Dias dos Santos
Advogado atuante em Direito do Agronegócio | Especialista em Processo Civil pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) | Graduado em Direito pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) | Membro da Comissão de Assuntos Agrários e do Agronegócio da OAB/MS | Integrante do Comitê Jurídico da Sociedade Rural Brasileira (SRB) Site: www.renatodiasdossantos.adv.br E-mail: [email protected]
O advogado Rafael da Silva Campos foi eleito em chapa única como o novo Presidente da 11ª Subseção da OAB de Jardim, tendo como vice a advogada Cíntia Fagundes.
O deputado Zé Teixeira (PSDB), 2º vice-presidente da Assembleia Legislativa, está intercedendo junto aos órgãos do Governo do Estado para garantir as estruturas e os serviços básicos necessários à população de Mato Grosso do Sul.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai apurar como o tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, um dos militares que a Polícia Federal (PF) acusa de ter participado do planejamento de um golpe de Estado, em 2022, conseguiu habilitar ao menos duas linhas de telefone celular apresentando cópias de documentos de pessoas com quem não tinha relação e que, segundo os investigadores, não sabiam da fraude.
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), comentou sobre os indiciamentos de Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas pela Polícia Federal, em decorrência de uma investigação relacionada a uma tentativa de golpe de Estado.