Por determinação da 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal, em Roraima, 22 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Roraima, São Paulo e no Distrito Federal.
“As investigações encontraram indícios da existência de uma organização criminosa que fraudaria procedimentos para celebração de convênios com prefeituras no estado entre os anos de 2012 e 2017, em especial com o município de Boa Vista”, informou, em nota, a Polícia Federal.
Segundo os investigadores, três empresas de engenharia teriam pago propinas que seriam “distribuídas a servidores públicos que auxiliariam na prática dos crimes e a um ex-senador que teria participação no esquema”. O ex-parlamentar teria recebido recursos por meio de familiares e de empresas das quais são sócios.
“Há indícios que o ex-senador interferiria em assuntos relacionados a convênios nos quais houvesse a aplicação de verbas federais viabilizadas por ele, havendo evidências, inclusive, do travamento de pagamentos de verbas oriundas de emendas parlamentares de sua autoria caso não houvesse o pagamento de propinas”, detalhou a PF.
As empresas suspeitas teriam executado mais de R$ 500 milhões em convênios durante o período, dos quais pelo menos R$ 15 milhões estariam relacionados a pagamento de propina.
Para os investigadores, os suspeitos podem responder por crimes de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A soma total das penas pode ultrapassar 35 anos de reclusão.