No mês de setembro, o chamado para doação de órgãos se intensifica, atitude que salva vidas e que depende de uma abordagem sensível para ampliar a rede de solidariedade. Encerrando as ações do Setembro Verde, na segunda-feira (30), a Unimed Campo Grande renomeou o Jardim da Esperança como "Renan Rios Godoy".
Em 2023 o espaço recebeu o plantio de jasmins brancos em lembrança aos doadores de órgãos. Em fevereiro de 2017 a servidora pública Wilmara Rios perdeu o filho, Renan, para a leucemia. O doador estava a caminho, mas não houve tempo para o transplante.
Wilmara conta que costumava passar momentos no jardim do Hospital da Unimed CG, inclusive onde seria celebrado o último aniversário de Renan em vida – ele acabou sendo liberado para comemorar em casa – e afirma que a esperança precisa ser sempre renovada, porque move as pessoas. "O Renan se foi, mas conheci a solidariedade e a esperança. Foram mais de 300 pessoas que doaram sangue. As pessoas foram fazer o cadastro para doação de medula óssea", emociona-se.
A homenagem a Renan é um marco importante não só para a mãe, mas também para todas as famílias que vivenciam a dor da perda e o ato de doar como um gesto de amor e solidariedade. Para a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), coordenada pela Dra. Giovanna Padoa de Menezes, "o acolhimento das famílias e a conscientização sobre a doação de órgãos são fundamentais".
"Nós, da CIHDOTT, possuímos duas principais ações. A primeira é trabalhar a educação e a sensibilização dos profissionais, cooperados e beneficiários do Hospital Unimed Campo Grande. Essa sensibilização motiva as pessoas a falarem sobre o assunto da doação de órgãos e tecidos, fortalecendo com seus familiares a vontade de se tornarem doadores", explica Larissa Ferreira Moreira, supervisora de enfermagem.
Além disso, a equipe se dedica a desmistificar o medo e preconceitos relacionados à doação, abordando questões éticas e de responsabilidade no diagnóstico de morte encefálica, além de acolher os familiares durante a internação de pacientes em estado grave.
Coordenadora estadual da Central de Transplante de Mato Grosso do Sul (CET/MS), Claire Carmem Miozzo ressaltou a importância deste acolhimento para que haja mais doações. Segundo ela, hoje há 60 mil pessoas à espera de órgãos no País e a cada 14 famílias abordadas, só quatro dizem sim. "A doação do órgão é o desapego da própria dor em prol de ajudar quem está em sofrimento, um ato máximo de amor".
Hoje, no Mato Grosso do Sul, os transplantes realizados incluem rins, córneas e fígado, sendo que outros órgãos são disponibilizados por equipes de outros estados quando necessário. No Hospital Unimed, há uma equipe habilitada para a realização de transplantes de rim, além da captação de outros órgãos.
O Jardim da Esperança, agora renomeado, continuará a ser um espaço simbólico de renovação e lembrança para todos aqueles que, como Wilmara, encontram na esperança uma forma de seguir em frente, mesmo com a saudade de uma pessoa querida.
Jeito de Cuidar Unimed – Um movimento das Unimeds que conecta todos da cooperativa em torno do "cuidar" – que é a essência da marca, define um novo padrão de cuidado com a saúde e com o bem-estar das pessoas, proporcionando uma experiência positiva e única aos beneficiários, clientes e à comunidade em geral.