A direita mais bolsonarista está dividida no segundo turno da eleição em Campo Grande. O grupo, que desde a pré-campanha já mostrou divisão, está cada vez mais rachado.
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Lideranças do chamado bolsonarismo entraram de vez nas campanhas e levaram o debate sobre direita e esquerda para o centro da campanha, em uma troca direta de acusações.
O vereador eleito, Rafael Tavares (PL), declarou apoio a Adriane Lopes (PP), enquanto o deputado João Henrique Catan (PL) vai de Rose Modesto (União). Bons de rede social, eles iniciaram uma disputa acirrada.
A briga tem como ideal, até o momento, convencer eleitores de pensamento semelhante de que sua escolhida é mais de direita do que a adversária.
Rafael Tavares alega que não tem como ficar do lado do PT, postando matérias dizendo que deputados petistas estão com Rose no segundo turno. Do outro lado, Catan posta vídeo do esposo de Adriane, deputado Lídio Lopes (sem partido), pedindo votos para Vander Loubet (PT).
Tavares alega que o grupo da direita está do lado de Adriane, que tem Tereza Cristina e, agora, Jair Bolsonaro. Já Catan afirma que esse grupo está contaminado pelo PSDB e diz que Rose apoiou Capitão Contar (PRTB) contra essa mesma turma na disputa para o governo.
O vereador Tiago Vargas (PP), que não conseguiu a reeleição, partiu para o ataque contra João Henrique. No vídeo, com título: a verdadeira face de João Henrique Catan, ele diz que o deputado nasceu em berço tucano, porque foi candidato a vereador pelo PSDB em 2016.
Vargas, que até há alguns dias estava criticando Jair Bolsonaro por não apoiar Pablo Marçal (PRTB), e postando vídeos dele falando mal do PSDB, agora diz que Catan nunca mais terá o apoio de Bolsonaro.
A divisão pode colocar ainda mais fogo na disputa e repetir o confronto de 2022, quando Contar quase venceu Eduardo Riedel, que na ocasião teve apoio do PT no segundo turno. A expectativa é de que Contar anuncie nas próximas horas a candidata que apoiará, com uma tendência de seguir com a candidata do União Brasil, em retribuição à eleição de 2022.