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Bela Vista: Intolerância religiosa, entidade repudia morte de rezador em aldeia

Para a entidade Aty Guasu (Grande Assembleia do Povo Guarani Kaiowá), a morte do rezador Argemiro da Silva Escalante, de 74 anos, esfaqueado por diversas vezes na Aldeia Pirakua, em Bela Vista, foi motivada pela intolerância religiosa.


Reprodução

Para a entidade Aty Guasu (Grande Assembleia do Povo Guarani Kaiowá), a morte do rezador Argemiro da Silva Escalante, de 74 anos, esfaqueado por diversas vezes na Aldeia Pirakua, em Bela Vista, foi motivada pela intolerância religiosa. A ONG publicou uma nota de repúdio durante a sexta-feira (13).

O caso aconteceu durante a noite de quinta-feira (12), enquanto a vítima ingeria bebida alcoólica com o suspeito, um rapaz, de 23 anos, que foi preso em flagrante pela Polícia Militar.

"Este crime hediondo, motivado por intolerância religiosa e preconceito, fere não apenas os direitos humanos fundamentais, mas também a cultura, a espiritualidade e a dignidade do povo Guarani Kaiowá", diz a nota.

Ainda na nota, a Aty Guasu explica que Argemiro era um guardião da sabedoria ancestral, um protetor de seu povo e das suas tradições sagradas. O crime, na visão deles, cometido de maneira cruel, reflete o desrespeito às práticas espirituais indígenas.

"O assassinato de Argemiro é um ataque à cultura e espiritualidade dos povos originários. Não podemos aceitar que crimes dessa natureza permaneçam impunes e que a intolerância religiosa siga vitimando aqueles que são pilares de suas comunidades", pontua a entidade.



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