O deputado federal Marcos Pollon (PL) afirma que não participa de decisões do partido desde que foi expulso da presidência, quando Jair Bolsonaro e Waldemar da Costa Neto decidiram apoiar Beto Pereira (PSDB), em Campo Grande.
O deputado federal, que foi o mais votado na última eleição no Estado, com 103.111 votos, era um dos possÃveis nomes do PL para o Senado, mas nesta semana Bolsonaro deixou claro que o partido terá uma mulher candidata.
O ex-presidente não declarou nomes, mas a favorita é Gianni Nogueira, esposa do deputado federal Rodolfo Nogueira (PL), eleito deputado com 41.773 votos.
Pollon foi colocado na presidência do PL no lugar de Rodolfo e organizou 40 candidaturas a prefeito contra o PSDB, a quem classificava como de esquerda. Ele foi surpreendido pela decisão de Bolsonaro de fechar com Reinaldo Azambuja (PSDB), com promessa até de o ex-governador assumir o partido no Estado.
Pollon, que havia garantido que o PL não seria aliado do PSDB, disse que a situação lhe obrigou a lançar candidatura a prefeito, para deixar claro que era contra o arranjo.
"Depois daquilo, fui expulso do diretório, justo, porque não sou dono do partidoÂ… Após ser defenestrado, eu posso dizer, se perguntar qual o futuro do PL em Mato Grosso do Sul, que eu não sei. Não participo de nenhuma decisão no PL desde que fui tirado da presidência do partido", garantiu.
Depois que Pollon foi expulso, o PL abriu mão de candidatura em diversos municÃpios e acabou elegendo apenas cinco prefeitos no Estado. Hoje, o partido é comandado por Tenente Portela, amigo pessoal de Bolsonaro. Coube a ele decidir, junto com o PSDB, as candidaturas dos dois partidos no Estado.