Executivos da Petrobras reconheceram nesta quinta-feira, 1º, durante o chamado Petrobras Day, ia que a estatal reservou para explicar ao mercado detalhadamente o seu novo plano de negócios para o período de 2023 2027, que, com a chegada de um novo governo, esse planejamento estratégico pode sofrer mudanças e alterações. A União é acionista majoritária da Petrobras e, de alguma forma, pode ditar as diretrizes adotadas pela companhia. Mas os executivos frisaram que isso não é um processo em um estralar de dedos. A Petrobras tem regras de compliance, governança e um estatuto social a seguir e respeitar. O novo plano de negócios foi aprovado na quarta-feira, 30, definindo US$ 78 bilhões a serem investidos para o período até 2027, programa 15% superior ao programa em vigor. O foco continua sendo a área de exploração e produção, que vai levar 83% do total. O pré-sal continua sendo a joia da coroa, mas a estatal reserva US$ 3 bilhões para o início da campanha da chamada Margem Equatorial.
O plano estratégico sofreu críticas dentro e fora da companhia. O diretor da FUP, Deyvid Bacelar, que trabalha na transição de governo, afirmou que a Petrobras deveria se preocupar mais com o desenvolvimento sustentável, transição energética, energias renováveis e ampliação do parque de refino. Nesta semana, a Petrobras anunciou a venda de uma refinaria em Manaus, pelo valor de US$ 257 milhões. Essa foi a segunda unidade vendida pela Petrobras, que já havia negociado outra em 2021.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga