A violĂȘncia de gĂȘnero fez mais uma vĂtima em Mato Grosso do Sul. Na manhã deste domingo (9), uma mulher de nacionalidade paraguaia, de 23 anos, foi atropelada pelo ex-companheiro, que não aceitava o tĂ©rmino do relacionamento. O crime ocorreu em frente a uma casa noturna na rua Joana Sorta, na região do Mangal, em Bonito. A vĂtima estĂĄ internada para tratamento dos ferimentos.
Segundo o registro da ocorrĂȘncia, a vĂtima e o suspeito se conheceram no municĂpio e iniciaram um relacionamento que durou cerca de trĂȘs meses. Durante esse perĂodo, chegaram a morar juntos em outras cidades, inclusive em Pedro Juan Caballero, no Paraguai. HĂĄ poucos dias, após o tĂ©rmino do romance, a jovem retornou a Bonito, onde trabalhava como garota de programa.
Ela teria informado ao ex-companheiro que voltaria a realizar programas sexuais, fato que irritou o homem. Poucas horas antes do crime, ele teria dito à vĂtima que gostaria de passar a noite com ela, pedido que foi negado, jĂĄ que a mulher teria programado atender outra pessoa.
Sem conseguir o que desejava, o suspeito simulou que iria embora, deu uma volta na quadra e, ao identificar a vĂtima encostada em um muro, acelerou e jogou o veĂculo contra ela e a estrutura. O muro foi destruĂdo e desabou com o forte impacto da colisão.
A jovem estava conversando com um homem não identificado, que saiu correndo do local e por pouco não foi atingido. No registro, os policiais afirmam que o condutor só não matou a vĂtima "por circunstâncias alheias à sua vontade", o que reforça a intenção de encerrar a vida da mulher.
O Corpo de Bombeiros foi acionado e, durante o atendimento à vĂtima, que ficou presa entre o veĂculo e os escombros do muro, a PolĂcia Militar precisou agir com veemĂȘncia contra os curiosos que observavam a cena.
O ex-companheiro fugiu a pĂ© após a colisão, mas deixou pertences pessoais, como documentos e cartões de banco, no interior do veĂculo. Ele ainda não foi localizado e continua foragido. A vĂtima segue internada, e ainda não hĂĄ informações sobre o seu estado de saĂșde.
O caso foi registrado como feminicĂdio, violĂȘncia domĂ©stica e familiar, na forma tentada. Veja o vĂdeo enviado no Canal de DenĂșncias do Midiamax no WhatsApp (67) 99207-4330: