Vereadores aprovam abertura de postos à noite, mas proposta está longe de ser colocada em prática

Foi aprovada hoje com 16 votos favoráveis e três ausências, a Emenda Aditiva, nº 35, de autoria do vereador Dr. Diogo Castilho (PSDB), que pede ao Poder Executivo que estenda o horário de atendimento, em quatro postos de saúde de Dourados, por no mínimo 60 horas, abrindo assim no período noturno.

A medida prevê que o município reserve recursos para abrir à noite, as UBSs – Unidades Básicas de Saúde, das regiões do Jardim Água Boa, Jardim Maracanã, Altos do Indaiá e do Distrito de Vila Vargas.

“Realizamos alguns levantamentos e percebemos a necessidade de o município ofertar serviços de saúde, na Atenção Básica, à noite. Muitos trabalhadores deixam de cuidar da saúde, para não pegar atestado médico, por medo de perder o emprego. Da mesma forma, pais que trabalham ou têm filhos estudando no ensino integral precisam de UBSs funcionando em período noturno para que consigam cuidar da saúde das crianças”, explicou o vereador propositor da emenda.

Dr. Diogo Castilho, que é médico cirurgião, ressalta que o horário diferenciado de atendimento na Atenção Básica irá contribuir para desafogar a UPA – Unidade de Pronto Atendimento, que muitas vezes recebe pacientes com problemas de saúde de baixa complexidade e que podem ser atendidos nesses postos de Saúde.

A emenda aditiva, de nº 35, será agora encaminhada ao Poder Executivo, onde o prefeito Alan Guedes decidirá se sanciona ou veta a proposta que prevê a abertura à noite, das quatro UBSs.

A proposta do vereador Diogo é importante para desafogar a única UPA de Dourados que abre 24 horas e que não suporta atender a uma população de 230 mil habitantes. Contudo ainda está muito longe da prefeitura conseguir colocar em prática a ideia de abrir quatro postos à noite.

Na semana passada o próprio vereador Diogo esteve reunido com o secretário municipal de Saúde, Waldno Lucena Júnior, que argumentou que ainda vai estudar meios para que o município consiga ofertar esse tipo de serviço à população, com levantamento de viabilidade econômica para ver como a prefeitura poderá arcar com os custos adicionais desse serviço e qual a fonte dos recursos.