Geni da Costa Reis dos Santos, de 48 anos, fez um boletim de ocorrĂȘncia contra Silço Donizete Mendes, um dia antes de ser morta a facadas na casa dos filhos na Rua Verde Mares, no Jardim Tarumã, em Campo Grande. O crime aconteceu na casa dos filhos da vítima que também foram esfaqueados.
Na noite desta sexta-feira (23), Silço arrombou o portão a chutes, invadiu a casa e cometeu os crimes. Geni foi morta com golpes de faca no pescoço, que quase a degolaram, nas costas, orelha, braço, abdômen e mão.
Além de matar a ex-companheira, ele esfaqueou as costas da filha de Geni. A jovem esfaqueada nas costas estĂĄ grĂĄvida de oito meses. O filho dela, também jovem, foi esfaqueado por duas vezes nas costas. Os irmãos são vizinhos e, após Geni se separar de Silço, ela foi morar com os filhos.
Após o crime, Silço fugiu em seu veículo, um GM Corsa, pela BR-163, em sentido ao distrito de Anhanduí. Ele tentou se matar ao jogar o carro contra dois caminhões. Houve uma explosão durante a batida, seguida de incĂȘndio que foi controlado pelo Corpo de Bombeiros. Silço foi levado em estado gravíssimo para a Santa Casa. Informação é de que os caminhoneiros não sofreram ferimentos graves.
Boletim de ocorrĂȘncia feito um dia antes de ser morta
Geni foi até uma delegacia, nesta quinta-feira (22), onde fez um boletim de ocorrĂȘncia contra Silço e solicitou medida protetiva por medo do autor. Na polícia, Geni contou que era casada com ele hĂĄ trĂȘs anos e ambos não tiveram filhos. Os filhos dela, que foram esfaqueados, são de outro relacionamento.
Nesta quinta-feira (22), antes de procurar a polícia, Geni conta que após negar relação sexual com o autor, ele começou a discutir com ela e a briga se transformou em ameaças. "Vou te matar, vou por fogo na sua casa, vou matar todos da sua família, vocĂȘ não vai ver seu neto nascer, desta noite não passa, vocĂȘ vai me pagar caro". "VÂ Â .., vocĂȘ é acostumada a trocar de homem", foram as ameaças de Silço contra Geni.
O boletim de ocorrĂȘncia finaliza citando que o autor não possui arma de fogo, não faz uso de bebida alcoólica e, com o pedido de medida protetiva, pelo fato de que ela estava psicologicamente abalada, sufocada com a relação, refém e temendo pela sua vida e de seus familiares.