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STF declara 'orçamento secreto' inconstitucional

'Orçamento secreto' Ă© como ficaram conhecidas as emendas parlamentares de relator, cujos critĂ©rios de distribuição e transparĂȘncia foram questionados no STF.

Por Midia NAS em 19/12/2022 às 12:57:31

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta segunda-feira (19), por 6 votos a 5, considerar inconstitucional o chamado "orçamento secreto".

"Orçamento secreto" é como ficaram conhecidas as emendas parlamentares cuja distribuição de recursos é definida pelo relator do Orçamento. Essas emendas não tĂȘm critérios claros ou transparĂȘncia e passaram a ser questionadas no STF.

Em meio ao julgamento sobre o tema no STF, o Congresso chegou a aprovar, na semana passada, um novo conjunto de regras para as emendas. As regras definiram os montantes a serem distribuĂ­dos, mas sem estabelecer os critérios para a distribuição.

Em novembro de 2021, a relatora do caso no STF, Rosa Weber, suspendeu os repasses de verba do "orçamento secreto". No mĂȘs seguinte, após o Congresso aprovar novas regras, a ministra liberou o pagamento das emendas.

Agora, no julgamento do tema pelo plenĂĄrio do Supremo, Rosa Weber votou pela inconstitucionalidade do "orçamento secreto".

  • mais 5 ministros votaram a favor de extinguir o "orçamento secreto" e limitar o uso das emendas de relator apenas para "correções" no orçamento, sem indicações parlamentares, como era antes de 2019. Votaram assim, além de Rosa Weber: Edson Fachin, Luiz Fux, CĂĄrmen LĂșcia, Luis Roberto Barroso e Ricardo Lewandowski.
  • 5 ministros votaram entendendo que as emendas de relator podem continuar sendo distribuĂ­das pelo relator do Orçamento, desde que com critérios mais transparentes. Votaram desta forma: André Mendonça, Nunes Marques, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. Entre eles, porém, houve divergĂȘncia quanto a quais medidas adotar para aprimorar o modelo.

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