Mato Grosso do Sul pode colher uma safra recorde e que representa quase o dobro do ciclo anterior, devido ao clima favorável e aumento da área de cultivo. A produção estadual tem capacidade para alcançar 13,3 milhões de toneladas, conforme projeção da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
A afirmação foi feita pelo titular da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, em entrevista nesta segunda-feira (09).
O levantamento do Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) e Aprosoja é menos otimista que a Conab e projeta uma safra de 12,7 milhões de toneladas nesta safra 2022/23, alta de 41,7% frente ao ciclo anterior, que foi prejudicado com o clima e registrou quebra de produção.
"Temos uma parceria grande com a Aprosoja por meio do Siga MS e notamos que toda semana vemos uma evolução na safra. Até o momento registramos um ciclo favorável para produzir soja, com uma área recorde de plantio o que nos permite a possibilidade de obter uma safra recorde", afirmou o titular da Semades, Jaime Verruck.
A produtividade da soja em Mato Grosso do Sul pode chegar a 53,44 sacas por hectare, o que seria um recorde na série histórica da Conab, que iniciou em 1977.
O desempenho deste ciclo representa alta de 38,27% em relação à safra anterior, que sofreu com a atividade climática.
A área plantada também deve apresentar resultado positivo na safra 2022/23 com crescimento de 2,5% frente ao ciclo anterior, totalizando 3,842 milhões de hectares. Os dados são do SIGA/MS, ligado à Semadesc.
A expectativa para os próximos três anos é que o cultivo de soja chegue a ocupar 4,5 milhões de hectares.