A informação foi confirmada por Maria do Carmo Santos, presidente do grupo Vítimas Unidas, iniciativa fundada por Vana Lopes junto a outras vítimas do médico, após a repercussão do caso em 2008.
O crime contra Vana Lopes ocorreu nos anos 90. A história da ativista resultou em um livro chamado Bem-vindo ao Inferno, publicado em 2015. No relato, ela aponta a existência de diversas irregularidades, como o "sumiço" de um Boletim de Ocorrência dentro de uma delegacia.
Vana Lopes também atuou como articuladora das vítimas, reunindo diversos relatos e documentos que ajudaram as autoridades a elucidar o caso. Ao todo, foram identificados 48 estupros e 37 mulheres como vítimas.
O ex-médico chegou a ser preso entre agosto e dezembro de 2009, mas obteve no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de responder o processo em liberdade. Foi condenado em 2010 pela Justiça à pena de 278 anos de reclusão pela prática de dezenas de crimes contra a dignidade sexual.
A pena foi reduzida a 181 anos, 11 meses e 12 dias de prisão. “A felicidade maior de mantê-lo na cadeia ameniza a dor da redução da pena”, disse Vana Lopes, na ocasião.
Roger Abdelmassih, porém, foi preso em 2014. Na ocasião, ele estava em Assunção, no Paraguai. Em maio de 2021, o ex-médico, aos 78 anos, conseguiu o direito à prisão domiciliar. A decisão, porém, foi revogada pela Justiça de São Paulo. Ele está preso em Tremembé, no interior paulista.
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