Senadores do Centrão e aliados de Rogério Marinho (PL-RN), principal adversário de Pacheco na disputa desta quarta-feira (1º/2), avaliam que um “erro” do grupo do atual presidente do Senado na distribuição dessas emendas, quando elas ainda eram permitidas, teria afastado senadores de Pacheco.
O erro, dizem, teria partido de Davi Alcolumbre (União-AP), principal fiador da candidatura de Pacheco. Segundo parlamentares que apoiam Marinho, Alcolumbre teria privilegiado seus aliados, irritando outros senadores que não foram contemplados da mesma forma generosa.
Nesse cenário, aliados de Marinho dizem que a candidatura do ex-ministro ao comando do Senando cresce acolhendo os insatisfeitos com Alcolumbre. E, após o STF derrubar o orçamento secreto, Pacheco não teria mais o instrumento para tentar atrair os senadores de volta.
Além da questão das emendas de relator, senadores reclamam da articulação de Alcolumbre para se reeleger ao comando da CCJ no próximo biênio e para ser o sucessor de Pacheco na disputa pelo comando do Senado em 2025. “Ele quer tudo”, criticou um parlamentar do Centrão.
Como noticiou a coluna, aliados de Marinho diziam, na terça-feira (31/1), que ele teria 43 votos para vencer a disputa pela presidência do Senado. Já a campanha de Pacheco contabiliza aproximadamente 50 votos. A conta não fecha, uma vez que a Casa tem apenas 81 senadores.
Na eleição de 2021, parlamentares dizem que Pacheco usou o orçamento secreto para conquistar apoio. Em entrevista ao Estadão, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) chegou a afirmar ter recebido R$ 50 milhões em emendas de relator, em troca do apoio à eleição do mineiro.
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