O caso aconteceu no laboratório Cura, localizado na Avenida Brigadeiro Luis Antônio, Jardim Paulista. O advogado, que produzia conteúdos na internet defendendo o uso de armas, foi levado para o Hospital São Luiz.
De acordo com a polícia, a arma estava registrada e Novaes tinha autorização de porte. Porém, antes de entrar na sala do exame, ele assinou um termo de contraindicação de campo magnético para acompanhantes, segundo informou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).
Em nota, o laboratório Cura afirmou na data do acidente que Leandro e sua mãe foram orientados em relação aos procedimentos para acessar à sala do exame e alertados "sobre a retirada de todo e qualquer objeto metálico".
"Ambos assinaram termo de ciência com relação a essa orientação", informou o comunicado, que disse também ter seguido todos os protocolos exigidos - e que o advogado não mencionou a arma antes de entrar no local onde foi feita a ressonância.
Utilizada para ajudar no diagnóstico de várias doenças em especialidades como oncologia, neurologia, cardiologia e ortopedia, a ressonância magnética exige alguns cuidados para que o exame seja feito de forma segura. O exame de ressonância magnética não possui radiação ionizante como a tomografia computadorizada e raio-x, mas envolve a utilização de campos magnéticos e ondas de rádio, desta forma é importante conferir todas as orientações para a realização do procedimento.
Perfil armamentista
Na rede social Tik Tok, onde Leandro tem 7,5 mil seguidores, o advogado exibia a sua inclinação armamentista por meio de vídeos em que aparecia com armas e tirando dúvidas de usuários sobre o assunto.
Quantos tiros podem ser efetuados em uma situação que se configure legítima defesa ou se CACs (sigla que define o grupo de caçadores, atiradores e colecionadores) podem parar para almoçar enquanto se deslocam para o treinamento de tiro são algumas das questões que ele respondia aos seus seguidores. Seus conteúdos já somavam mais de 49 mil visualizações na rede social.