Com dificuldade de receber saldos devidos, o Banco Bradesco decidiu diminuir o limite de crédito para empréstimos para pessoas físicas e pequenas empresas. Segundo dados do TradeMap, a instituição viu seu lucro líquido derreter 75,9% no quarto trimestre, em comparação com o mesmo período do ano anterior, capitalizando R$ 1,6 billhão. Este é o pior desempenho desde meados de 2006. CEO do banco, Octavio de Lazari Júnior, revelou que a concessão de empréstimos para pessoas físicas tiveram redução de 16%, enquanto empresas de pequeno porte vieram o acesso diminuir em 18% no último trimestre de 2022. De acordo com o executivo, a redução está ligada a um excesso de concessões durante 2021 e 2022. “O banco concedeu mais crédito do que deveria durante a pandemia, e foi uma lição aprendida para nós. Temos que estar sempre um ponto antes da curva e, por isso, vamos continuar em 2023 sendo mais restritivos no crédito para pessoas físicas, em especial de baixa renda, e para micro e pequenas empresas”, esclarece. A companhia ainda relevou que a inadimplência de pessoas físicas alcançou 5,5%, enquanto a de empresas de menor porte foi de 5,3%. Com isso, o banco está investimento mais na proteção de capital, inclusive reservando R$ 4,8 bilhões para cobrir eventuais perdas com as dívidas da Americanas, no valor de R$ 4,510 bilhões. Para a inadimplência, a empresa aumentou em 23% o volume de recursos investidos para proteger o capital.