Um mês inteiro do ano dedicado especialmente para conscientizar a população sobre a epilepsia foi proposto pelo vereador Dr. Jamal (MDB), por meio de um projeto de lei, aprovado na Câmara Municipal e que acaba de se tornar lei em Campo Grande.
Segundo o vereador Dr. Jamal, a iniciativa do projeto de lei foi tomada diante do desconhecimento da população brasileira sobre essa doença que afeta milhares de brasileiros. “Nosso objetivo foi no sentido de estabelecer um mês para as autoridades do município e profissionais da área de saúde promoverem eventos para conscientizar a população sobre essa doença que afeta muitos brasileiros, mas ainda pouca gente tem informação sobre seus sintomas e tratamento” avaliou Dr. Jamal.
“Buscamos também sensibilizar a sociedade para que ela possa entender e apoiar as pessoas com epilepsia, divulgar as ações que devem ser tomadas quando alguém tem uma crise epiléptica, estimular atividades de divulgação, proteção e apoio às pessoas com epilepsia e seus familiares e, também, orientar e apoiar as pessoas com epilepsia na busca por tratamentos de saúde” foram os principais objetivos elencados pelo vereador Dr. Jamal.
EPILEPSIA – A epilepsia é uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos e se expressa por crises epilépticas repetidas.
CAUSAS – A causa pode ser uma lesão no cérebro, decorrente de uma forte pancada na cabeça, uma infecção (meningite, por exemplo), neurocisticercose (“ovos de solitária” no cérebro), abuso de bebidas alcoólicas, de drogas etc. Às vezes, algo que ocorreu antes ou durante o parto. Muitas vezes não é possível conhecer as causas que deram origem à epilepsia
SINTOMAS – As crises epilépticas podem se manifestar de diferentes maneiras:
A crise convulsiva é a forma mais conhecida pelas pessoas e é identificada como “ataque epiléptico”. Nesse tipo de crise a pessoa pode cair ao chão, apresentar contrações musculares em todo o corpo, mordedura da língua, salivação intensa, respiração ofegante e, às vezes, até urinar.
A crise do tipo “ausência” é conhecida como “desligamentos”. A pessoa fica com o olhar fixo, perde contato com o meio por alguns segundos. Por ser de curtíssima duração, muitas vezes não é percebida pelos familiares e/ou professores.
Há um tipo de crise que se manifesta como se a pessoas estivesse “alerta”, mas não tem controle de seus atos, fazendo movimentos automaticamente. Durante esses movimentos automáticos involuntários, a pessoa pode ficar mastigando, falando de modo incompreensível ou andando sem direção definida. Em geral, a pessoa não se recorda do que aconteceu quando a crise termina. Esta é chamada de crise parcial complexa.
Existem outros tipos de crises que podem provocar quedas ao solo sem nenhum movimento ou contrações ou, então, ter percepções visuais ou auditivas estranhas ou, ainda, alterações transitórias da memória.
TRATAMENTO – O tratamento das epilepsias é feito através de medicamentos que evitam as descargas elétricas cerebrais anormais, que são a origem das crises epilépticas. Acredita-se que pelo menos 25% dos pacientes com epilepsia no Brasil são portadores em estágios mais graves, ou seja, com necessidade do uso de medicamentos por toda a vida, sendo as crises frequentemente incontroláveis e então candidatos a intervenção cirúrgica. No Brasil já existem centros de tratamento cirúrgico aprovados pelo Ministério da Saúde.
COMO PROCEDER DURANTE AS CRISES – Coloque a pessoa deitada de costas, em lugar confortável, retirando de perto objetos com que ela possa se machucar, como pulseiras, relógios, óculos;
– introduza um pedaço de pano ou um lenço entre os dentes para evitar mordidas na língua;
– levante o queixo para facilitar a passagem de ar;
– afrouxe as roupas;
– caso a pessoa esteja babando, mantenha-a deitada com a cabeça voltada para o lado, evitando que ela se sufoque com a própria saliva;
– quando a crise passar, deixe a pessoa descansar;
– verifique se existe pulseira, medalha ou outra identificação médica de emergência que possa sugerir a causa da convulsão;
– nunca segure a pessoa (deixe-a debater-se);
– não dê tapas;
– não jogue água sobre ela.