No local, vivem atualmente 2.500 indígenas e 1.600 não indígenas -incluindo madeireiros e traficantes de droga, acordo com integrantes do governo.
A ação ocorre a pedido do Ministério Público Federal do Pará. A área foi demarcada em 1993, devido à presença dos povos Tembé, Timbira e Kaapor.
De acordo com a Secretaria-Geral da Presidência, as famílias não indígenas que viviam no local antes da demarcação já foram identificadas e algumas, indenizadas.
A operação prevê a retirada voluntária dos invasores até 31 de maio. Depois disso, eles devem ser expulsos a força.
"Estamos trabalhando para que possa ser uma saída pacífica, tranquila, porque o conflito não interessa a ninguém. A gente não quer que aja violência, promova mais violência no território", disse a ministra Sônia Guajajara.
De acordo com a Abin, que participa da operação, a expulsão ocorrerá nos meses de maio, junho e julho.
Estão previstas ações de retirada pacífica dos invasores e posseiros, repressão a ilícitos ambientais, erradicação de áreas de cultivo de drogas, destruição e inutilização de instalações irregulares dentro da terra indígena e o monitoramento posterior a fim de evitar o retorno dos invasores.
Num gesto incomum, a agência divulgou nota sobre o tema, explicando a participação no episódio e dizendo que "relatórios de inteligência priorizaram cenário menos violentos e pautados no diálogo".