Mato Grosso do Sul enfrenta uma situação preocupante em relação à dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Em cinco meses de 2023, o Estado registrou 45.777 casos prováveis da doença nos 79 municípios, quase o dobro dos 26.548 casos registrados em todo o ano de 2022. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Além do aumento expressivo de casos, a dengue também tem feito mais vítimas fatais no Estado. Em 2022, foram 24 mortes confirmadas pela doença. Já em 2023, até maio, foram 27 óbitos, uma taxa de letalidade de 0,96 por 100 mil habitantes. Outras 12 mortes estão em investigação.
Conforme boletim epidemiológico da SES, nenhuma cidade apresenta bom desempenho no controle à dengue, com menos de 100 casos prováveis por 100 mil habitantes. Na faixa amarela, com média de 100 a 300 casos por 100 mil habitantes, estão, apenas Corguinho, Paranhos, Ribas do Rio Pardo, Iguatemi, Aparecida do Taboado, Paranaíba, Terenos e Tacuru.
A SES alerta que o cenário é de epidemia de dengue em alguns municípios e que há tendência de aumento da transmissão nas próximas semanas. A secretaria também informa que os quatro sorotipos do vírus da dengue circulam no Estado, o que aumenta o risco de infecção e de complicações.