O ex-atleta de 37 anos está, atualmente, num campo de treinos, nas imediações de Kyiv, mas confessou que teria de partir, uma vez mais, para a frente da batalha, já na próxima segunda-feira: "É duro, mas, na linha da frente, não há cinza. É preto ou branco. Em Kyiv, começas a ver as várias cores da política e da vida real, e é estranho".
"Aqui, o ambiente é mais alegre do que na linha da frente. Aqui, as pessoas vivem na ideia de que a vitória está próxima. Alguns não percebem qual é o preço dos avanços. Quando saltas para as trincheiras, há vários cenários diferentes, e tudo pode acontecer", começou por afirmar.
"Ando sempre com uma espingarda. Estive em situações em que as tropas russas estavam a 150 metros", acrescentou, antes de assumir que as reservas que tinha na hora de disparar contra os inimigos desapareceram assim que vislumbrou o rasto de destruição deixado em Bucha.
"Ao início, não sabia como o faria, mas, assim que vi a destruição que causaram... É um comportamento absolutamente desumano. Quando vês as imagens dos ataques com mísseis nas infraestruturas... Não penso duas vezes. Não me arrependo do que faço", finalizou.