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Tour de Michelle em SP tem fake news, Damares e Padre Kelmon

Por Midia NAS em 20/10/2022 às 12:49:22

A primeira-dama Michelle Bolsonaro cumpriu uma maratona de compromissos em São Paulo nesta quarta-feira (19) que reuniu lĂ­deres evangélicos e campeões de votos bolsonaristas, como os senadores eleitos Damares Alves (Republicanos) e Marcos Pontes (PL). Padre Kelmon, candidato à PresidĂȘncia pelo PTB, também estava presente e foi ovacionado pela plateia.

Michelle foi a Ășltima a discursar em uma espécie de culto-comĂ­cio que teve a participação dos bispos Sônia e Estevam Hernandes, fundadores da igreja Renascer. "Estamos aqui para lutar pelo nosso Brasil para que esse câncer se dissipe e saia da nossa nação", continuou.

Antes de Michelle, discursaram parlamentares eleitos e Padre Kelmon. Em sua fala, Damares se referiu ao candidato Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT) como ex-presidiĂĄrio e enumerou uma série de episódios em que mulheres e crianças são vĂ­timas de violĂȘncia sexual. A ex-ministra também disse que milhões de bebĂȘs no Brasil estão vivos porque Bolsonaro disse não ao aborto.

"Pedófilos de todo o Brasil, eu, o TarcĂ­sio [de Freitas, candidato em SP] e o Bolsonaro vamos pegar todos vocĂȘs", gritou Damares em direção à plateia e foi ovacionada.

HĂĄ menos de uma semana, na sexta (14), Bolsonaro usou a expressão "pintou um clima" para se referir a adolescentes venezuelanas e passou a ser acusado por opositores de pedófilo.
Ao se referir ao segundo turno, Damares confundiu a data, cravou no dia 22 deste mĂȘs, e definiu como decisão sobre "vida ou morte".

Damares ainda cometeu uma fake news ao dizer que os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, Edson Fachin e LuĂ­s Roberto Barroso votaram a favor da legalização da maconha. No entanto, a ação citada por ela discute a constitucionalidade da criminalização do porte de drogas para consumo próprio.

Barroso limitou seu voto à descriminalização do réu na ação, mas propôs que o porte de até 25 gramas de maconha.

Por fim, Damares pediu oração para Michelle e TarcĂ­sio de Freitas (Republicanos). Segundo a ex-ministra, ambos foram vĂ­timas de tentativa de atentados na campanha eleitoral, respectivamente, no CearĂĄ e em São Paulo.

No CearĂĄ, um homem de 22 anos foi preso após atirar contra uma igreja momentos antes do inĂ­cio do culto com a presença da primeira-dama. Em São Paulo, um tiroteio interrompeu a agenda de TarcĂ­sio em Paraisópolis.

Questionado sobre os episódios terem sido utilizados por bolsonaristas na campanha, TarcĂ­sio não quis responder. "A questão de Paraisópolis eu jĂĄ expliquei e agora é objeto de inquérito, não vou mais falar desse assunto."

Kelmon comparou Michelle à imperatriz Leopoldina, personagem importante na IndependĂȘncia do Brasil. "Como primeira-dama, ela estĂĄ do lado do presidente para unir o povo, orientar o presidente, disse o candidato, que foi saudado pelos fieis.

A bispa Sônia Hernandes, da igreja Renascer em Cristo, abriu o evento com uma oração e, na sequĂȘncia, todos ficaram de pé para o Hino Nacional.

"Deus é maior nessa guerra, a nossa bandeira não serĂĄ vermelha", disse a lĂ­der religiosa, que apontou para Michelle e concluiu. "Jair Messias Bolsonaro e Michelle Bolsonaro são a provisão divina".

As palavras ecoavam entre os fiéis. O pĂșblico, composto em grande parte por mulheres, se comportava como se estivesse em um culto, exaltando a Deus e, ao mesmo tempo, Bolsonaro.

Em seus discursos, pastores e polĂ­ticos comparavam a disputa eleitoral pela PresidĂȘncia da RepĂșblica com passagens bĂ­blicas.

TarcĂ­sio de Freitas disse que a esquerda se apega a estética, mas que Davi, descrito na BĂ­blia como de pouca formosura, foi um dos reis mais prestigiados. "Davi errou? Ah, errou. Mas foi um rei segundo o coração de Deus".

O candidato ao Governo de São Paulo ainda comparou Luiz InĂĄcio Lula da Silva à parĂĄbola do mordomo infiel. E recorreu a outra passagem para pedir que os fiéis peçam votos para Bolsonaro.

Jefferson Campos (PL), deputado federal, disse para o pĂșblico que "só canta o hino da vitória quem atravessar o Mar Vermelho".

O deputado e pastor Marcos Pereira (Republicanos) pediu que os presentes no evento busquem votos para Bolsonaro e que, para isso, deveriam conversar com os familiares, amigos e os "irmãos de igreja que ainda tem dĂșvida".

"Estamos do lado do comunismo ou do liberalismo? Do aborto ou da vida? Estamos do lado de quem defende as drogas ou quer salvar os viciados?", indagou o deputado, que depois colocou em dĂșvida os resultados das pesquisas de intenções de votos.

Fonte: Folha Press

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