Sara Helma Hampel, está em Essaouira, a cerca de 180 km de Marrakech, onde o terremoto de magnitude 6,8 foi confirmado pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). Advogada de MS relata momentos de tensão sentir tremor no Marrocos
O terremoto de magnitude 6,8 que atingiu o Marrocos, nesta sexta-feira (8), também foi sentido pela advogada Sara Helma Hampel que está na cidade de Essaouira, a cerca de 180 km de Marrakech, onde o abalo sísmico foi informado pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). (Veja o vídeo acima)
Ao g1, a advogada disse que está enfrentando momentos de muita tensão. Natural de Mato Grosso do Sul, Sara está no Marrocos durante um mochilão por vários países do mundo.
"O país está arrasado, o sentimento nas ruas é de profunda tristeza e sofrimento. Ninguém sorri, as pessoas estão assustadas, é muito recente. Ainda temos o agravante da possibilidade de novos tremores. Amanhã pela manhã estou indo para Marraquexe eu já estive lá duas vezes e os prédios que já visitei estão desabados".
Advogada está no Marrocos durante um mochilão
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Até a última atualização desta reportagem, eram 1.305 mortos e mais de 1.800 feridos (pelo menos 721 em estado crítico), de acordo com o balanço divulgado pelo Ministério do Interior marroquino. Segundo o Itamaraty, não há notícia de brasileiros entre os mortos e feridos.
Sara relata que estava em seu hostel quando ouviu o barulho e chegou a pensar que era uma tempestade. "Durante o abalo ouvi um barulho muito intenso e assustador, foi o que mais me marcou, cheguei a pensar que era uma tempestade, mas não tinha vento. O som era da estrutura dos prédios tremendo mesmo".
A brasileira relembra que só entendeu que estava passando por um terremoto quando os demais hóspedes do hostel desceram as escadas correndo, gritando. "Foi aí que me dei conta que estava passando por uma catástrofe natural. Ficamos na rua até quase 3 da manhã, pois não podíamos entrar nos prédios. A instrução era ficar na rua, pois a qualquer momento poderia ocorrer novos tremores. Foi uma noite de pânico".
Mesmo acostumada a viajar e conhecer diferentes realidades, Sara nunca havia passado por um terremoto ou outro desastre natural. A advogada já passou pela África do Sul, Egito, Israel, Etiópia, e em uma semana está se mudando para Jordânia.
"Nunca vivi um terremoto, levei uns 20 segundos para me dar conta de que estava passando por um. Só entendi quando os tremores não pararam e a intensidade aumentou, o teto chacoalhou, as paredes tremiam, os vidros das janelas pareciam que iriam estourar a qualquer momento e os quadros mexendo sem parar".
Advogada passou por terremoto no Marrocos
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O terremoto de magnitude 6,8 (considerado forte e capaz de causar grandes estragos) matou mais de mil pessoas e foi sentido em várias partes do país.
"Estou no país há 26 dias, andei por muitas cidades, do norte ao sul. Estou triste em deixar o Marrocos em meio a este caos. O Marrocos é um destino inesquecível, afinal, sobrevivi ao maior terremoto do século do país, estou muito grata por isso. Isso apenas reforçou meu sentimento de que a vida é breve, e que devemos vivê-la ao máximo. Nunca sabemos o dia de amanhã".
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Tremor de 6,8 na Escala Richter
Câmera de segurança registra tremores e correria logo após o terremoto atingir o Marrocos
O terremoto teve epicentro numa região próxima à cidade turística de Marrakech e atingiu magnitude 6,8 na chamada Escala Richter, que mede a força de eventos como esse num intervalo numérico que vai de zero a 10.
De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), o terremoto ocorreu às 19h11 no horário de Brasília (23h11 no horário local). Seu epicentro foi a 71 km a sudoeste de Marrakech, nas montanhas do Atlas, a uma profundidade de 18,5 km da superfície terrestre. O tremor durou cerca de 15 segundos.
Escombros após terremoto em Marrakesh
Fadel Senna / AFP
O Marrocos está localizado entre as placas tectônicas da África e euroasiática. Isso faz com que o país seja frequentemente atingido por terremotos. Em 2004, por exemplo, pelo menos 628 pessoas morreram e 926 ficaram feridas quando um terremoto sacudiu Alhucemas, no nordeste do país.
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