O deputado federal Geraldo Resende (PSDB) rebateu as críticas que recebeu na Assembleia Legislativa na semana passada, após entrevista onde disse que Dourados parece ter dedo podre para eleger prefeitos. A entrevista desagradou deputados, que criticaram Geraldo na Assembleia.
Neno Razuk (PL), Renato Câmara (MDB) e Zé Teixeira (PSDB) usaram a tribuna para criticar o deputado. Neno Razuk chegou a dizer que a população de Dourados não gosta de Geraldo e afirmou que o deputado "deve ter o cérebro podre".
Nesta sexta-feira, Geraldo conversou com a reportagem sobre a polêmica e rebateu os deputados, sem citar nomes. "A questão de cérebro podre, gente que usa drogas é que faz com que o cérebro fique podre. A questão de lições da política, é importante verificar se está sendo aplicado na cidade natal de um dos deputados, já que ele teve duas derrotas acachapantes nas últimas eleições no seu antigo domicílio eleitoral. Outra questão: quando alguns se somam a críticas, entenda que quando algum dos deputados estava preso, eu estava lá defendendo suas candidaturas no processo da parceria que nós fizemos", rebateu.
O deputado alega que não generalizou, mas disse que parte da população de Dourados tem dedo podre para escolher prefeito. "Há mais de 20 anos não temos uma administração eficaz em Dourados. Não quero baixar o nível desta discussão. No nível baixo, eu perco. Nível de agressão. Por isso, faço um desafio, não só aos deputados que manifestaram na tribuna, mas qualquer outro parlamentar", declarou.
Geraldo sugere um debate em um veículo de Dourados, com mediação da Associação Comercial, para ver quem fez mais pelo Município. "Vamos verificar o que cada um fez para Dourados, na área da saúde. Qual hospital levaram, unidade de saúde construíram. Na área da educação, qual escola levaram para Dourados, qual escola reformaram. Ver quem lutou para trazer uma universidade para Dourados, na área da assistência social, qual ação ou obra. Na área do enfrentamento à violência contra mulher, quem levou delegacia, quem lutou para construir a Casa da Mulher Brasileira em Dourados. Ver qual a metragem de asfalto cada um levou para Dourados", desafiou.