Além de condenar o ataque do Hamas a Israel, os países ocidentais também adotaram outras medidas contra agressão, que começou no sábado, 7, e se manteve nesta segunda-feira, 9. A União Europeia (UE) anunciou a revisão urgente de seus programas de assistência financeira aos palestinos, depois de uma controvérsia sobre a suspensão dos repasses, que gerou reações em diversos países do bloco. Em nota oficial, a Comissão Europeia (braço executivo da UE) anunciou uma “revisão urgente”, embora tenha informado que não prevê suspender os pagamentos. Essa decisão tem como objetivo “garantir que nenhum financiamento da UE permita, indiretamente, a nenhuma organização terrorista realizar ataques contra Israel”, acrescentando que “por não haver pagamentos previstos, não haverá suspensão de pagamentos”.
Durante o dia, o comissário europeu para a Política de Vizinhança e Alargamento, Oliver Varhelyi, anunciou na rede X (antigo Twitter) a suspensão imediata dos pagamentos de ajuda ao desenvolvimento dos palestinos. “Como maior doador dos palestinos, a Comissão Europeia está revisando toda a sua carteira de desenvolvimento, em um valor total de 691 milhões de euros R$ 3,71 bilhões de reais, na cotação atual”, afirmou o funcionário em uma mensagem. Varhelyi disse em seguida que “todos os pagamentos” aos palestinos para ajuda ao desenvolvimento foram imediatamente suspensos. O anúncio provocou grande controvérsia, que inclusive gerou reações de indignação em várias capitais europeias.
No domingo, os Estados Unidos começaram a enviar ajuda militar para Israel e aproximar sua força naval do Mediterrâneo. Em uma chamada com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou que “haverá ajuda adicional para as forças armadas israelenses e haverá mais nos próximos dias”, de acordo com um comunicado da Casa Branca. Biden prometeu “apoio total ao governo e ao povo israelense após os ataques terríveis e sem precedentes dos terroristas do Hamas”. Ele também destacou que havia ordenado ao grupo de ataque do porta-aviões USS Gerald Ford, o maior navio de guerra do mundo, que se dirigisse ao Mediterrâneo Oriental, vindo do Mar Jônico, onde estava. A Força Aérea também aumentou a presença de suas aeronaves de combate na região, afirmou Austin.