Publicada em edição extraordinĂĄria do DiĂĄrio Oficial da União na noite desta terça-feira (14), a lei resulta de medida provisória editada em julho e aprovada pela Câmara dos Deputados em outubro e pelo Senado no Ășltimo dia 1Âș.
Para reduzir as filas, o programa prevĂȘ a retomada do bônus de produtividade aos funcionĂĄrios que trabalharem além da jornada regular, tanto na anĂĄlise de requerimentos de benefĂcios como na realização de perĂcias médicas. O programa também autoriza, em carĂĄter excepcional, a aceitação de atestados médicos e odontológicos ainda não avaliados para conceder licenças médicas ou para acompanhamento de tratamento da famĂlia sem perĂcia oficial.Terão prioridade no recebimento dos bônus os funcionĂĄrios e médicos peritos que trabalharem em processos administrativos com mais de 45 dias ou com prazo final expirado.
Os servidores administrativos do INSS receberão bônus de R$ 68 por tarefa; e os médicos peritos, de R$ 75 por perĂcia. O adicional de produtividade foi pago em 2019, com a mesma finalidade de diminuir as filas nos pedidos de aposentadorias, pensões e auxĂlios.
Além da redução das filas do INSS, a lei traz medidas relativas ao atendimento à população indĂgena e à reestruturação de cargos no Poder Executivo Federal. A lei transforma cargos efetivos vagos em outros cargos efetivos e em comissão ou funções de confiança, para atender à demanda de órgãos e entidades do governo.
A lei também simplifica a gestão de cargos e funções para ampliar o prazo das contratações temporĂĄrias para a assistĂȘncia à saĂșde de povos indĂgenas e, por fim, estabelece regras especĂficas de pessoal para exercĂcio em territórios indĂgenas.
A nova lei também altera a Lei nÂș 8.745, de 9 de dezembro de 1993, que trata de contratações na Fundação Nacional dos Povos IndĂgenas (Funai). Os concursos pĂșblicos para a autarquia agora deverão reservar de 10% a 30% das vagas para a população indĂgena.
Os servidores pĂșblicos em exercĂcio na Funai e na Secretaria de SaĂșde IndĂgena (Sesai) do Ministério da SaĂșde poderão trabalhar em regime de revezamento de longa duração, conforme o interesse da administração. Pela legislação, o trabalho nessa modalidade permite que o servidor permaneça em regime de dedicação ao serviço por até 45 dias consecutivos, assegurado um perĂodo de repouso remunerado que pode variar da metade ao nĂșmero total de dias trabalhados.
A lei determina ainda que somente pessoas aprovadas em concursos pĂșblicos poderão exercer atividades diretas nos territórios indĂgenas. Os processos seletivos poderão prever pontuação diferenciada aos candidatos que comprovem experiĂȘncia em atividades com populações indĂgenas.