"Nós fizemos uma seleção de áreas adequadas para exploração agropecuária. Fizemos todo um delineamento amostral para os estudos de solo e a partir desses resultados analíticos, dessas interpretações, e seguindo todos os aspectos da legislação ambiental, dividimos o Estado no que a gente chama de área útil para agropecuária e área com outra destinação. Fizemos a interpretação para todas as culturas com base nas características climáticas, nas características de solos e, fundamentalmente, na questão da fragilidade ambiental dos solos do Estado. Estamos fazendo um estudo de aptidão, entre cereais oleaginosas, frutíferas e arbóreas, para cerca de 20 culturas", disse Bhering.
O estudo revela que Mato Grosso do Sul tem cerca de 229 mil quilômetros quadrados de área considerada apta para atividades agropecuárias, o que corresponde a aproximadamente 64% da área total do Estado. Estão relacionadas aí as áreas de zona agrícola, zona de pastagem e silvicultura e zona de culturas especiais com uso de drenagem. Na porção restante estão toda planície pantaneira, zonas urbanas, zona não recomendada para agropecuária, unidades de conservação, terras indígenas, e zonas de conservação e restauração dos recursos naturais conforme determina o Código Florestal.
Bhering explicou que alguns produtos faltam ser finalizados pois dependem do cruzamento de informações ou do resultado de análises de amostras que ainda não foram liberados. Tão logo esses produtos todos que compreendem o Zoneamento Agroecológico de Mato Grosso do Sul estejam concluídos, estarão disponíveis na plataforma tecnológica do Prosolos, programa da Embrapa Solos sediado no portal do Ministério da Agricultura, com links pelos portais da Semadesc e do GovMS. E também serão disponibilizados em aplicativo que permitirá o acesso off-line das informações, o que facilitará o trabalho dos técnicos a campo.
João Prestes, Semadesc
Fotos: Mairinco de Pauda/Semadesc