O Podemos, agora comandado pela senadora Soraya Thronicke em Mato Grosso do Sul, escapará de perder toda a bancada quando a janela partidária abrir. O partido perderia os três vereadores em Campo Grande, mas a chegada da senadora e, mais que isso, a aliança com o PSDB, pode mudar um pouco o cenário.
"Quase 100% que fico no Podemos. Só se alguma acontecer no meio do caminho em relação à formação da chapa. DIGO 99,9% de continuar no Podemos. Estou feliz porque não gosto de ficar trocando de partido. Vou ficar e construir uma história nele", justificou o vereador Ronilço Guerreiro.
O vereador ressalta que o momento é de indefinição para todos os vereadores e que agora vai ajudar o partido na construção da chapa para eleição. "Eu já falei que quero ficar e vamos ajudar organizar a chapa para buscar fazer de dois a três vereadores", declarou
O vereador Clodoilson Pires (Podemos) também tinha manifestado interesse de sair, mas recuou e decidiu ficar no partido. “Estamos trabalhando para montar uma chapa competitiva. Acredito que até março teremos um grupo para fazermos de 3 a 4 vereadores”, avaliou.
Apenas o vereador Zé da Farmácia (Podemos) confirma a saída. Ele vai se filiar ao PSDB na janela partidária.
Os vereadores começaram a mudar de ideia após uma conversa com o secretário de Governo de Mato Grosso do Sul, Pedro Caravina (PSDB). Próximo a Soraya, ele atuou para convencer os vereadores a repensarem a saída do partido.
Soraya trabalha as alianças no Estado em parceria com a parte do PSDB comandada por Pedro Caravina, já que não é próxima e tem problemas pessoais com o presidente estadual do PSDB, Reinaldo Azambuja (PSDB). Ela é autora de um processo contra Reinaldo por improbidade administrativa na investigação de suposta propina para a JBS no período que ele esteve no Governo do Estado, o que inviabiliza uma proximidade.