Acuña contou que o atacante pediu o rompimento do contrato e disse que está trabalhando em um acordo para ter uma rescisão amigável. "Eu entendo o Paolo. No mesmo dia em que ele assinou o contrato, criminosos fizeram ameaças à mãe dele. Acho que ele está avaliando, está pensando: é a família ou o futebol. Eu faria o mesmo. Ligaram para a mãe dele e a ameaçaram", afirmou o dirigente.
A preocupação se dá em razão da onda de violência vivida pelo Peru. Trujillo, capital de La Libertad e terceira cidade mais populosa do país, decretou toque de recolher durante à noite e limitou diversas liberdades individuais por 60 dias. Os casos envolvem extorsão, sequestro e assassinatos. No dia 24 de janeiro, o corpo de um empresário apareceu em uma área distante de Trujillo. Em seu abdômen foi escrita a frase: "por não pagar integralmente".
Durante o ano passado, o Ministério Público do Peru registrou mais de 2.273 denúncias de extorsão em diferentes negócios. Em alguns casos, os desfechos foram explosões de granadas, dinamite e carros incendiados.
Autor do gol do título do segundo Mundial de Clubes do Corinthians, em 2012, Paolo Guerrero é ídolo máximo no Peru, mas nunca chegou a atuar profissionalmente em um clube do país. Foi ainda jovem para Alemanha, onde se profissionalizou no Bayern de Munique e jogou também no Hamburgo. Veio para o Brasil justamente em 2012 para vestir a camisa corintiana e ficou no futebol brasileiro até 2022. Após passagens por Flamengo, Internacional e Avaí, jogou no Racing, da Argentina, e na LDU, do Equador.