A reportagem obteve acesso à ação, que corria no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM). Sikêra pedia uma retratação ao vivo pelas críticas, e uma indenização de R$ 44 mil por danos morais contra a sua imagem.
Em primeira instância, Sikêra Jr conseguiu uma decisão ao seu favor. Bocão e seus advogados entraram com um recurso, e em segunda decisão no 2º Tribunal Recursal do Amazonas, conseguiu uma decisão ao seu favor. O caso não cabe mais recurso para Sikêra.
"Entendo que não houve extrapolação ao direito de crítica pelo recorrente, apesar de seu tom ácido ao mencionar o recorrido, eis que as críticas estão inseridas no âmbito de matéria jornalística de cunho informativo, baseando-se em fatos de interesse público, sem adentrar diretamente na intimidade ou vida privada do autor", disse o desembargador Cássio André Borges, que julgou o caso.
Na ocasião, Bocão fez duros comentários sobre a postura adotada pelo colega na cobertura do noticiário da crise sanitária em Manaus, que chegou a ficar sem oxigênio para atender doentes pela Covid-19.
"Tem apresentador aí que mente, mente porque já nasceu mentiroso, e precisa da mentira para subir", sentenciou ele. Na mesma ocasião, Alves defendeu o isolamento social e desafiou o titular do Alerta Nacional, desta vez de forma nominal, a colocar sua mulher e filhos na rua em meio ao caos que atravessava a saúde pública da capital manauara.
"Esse apresentador, que deve ter interesses outros, surgiu de paraquedas e não sabe onde está pisando. Se ele quiser o debate comigo, é na hora, não precisa ser na televisão e nem no circo, lugar em que ele está acostumado a ir", disparou o jornalista.
Incomodado com as críticas, Sikêra Jr decidiu entrar com o processo, que saiu derrotado.
Procurado pela reportagem, Bocão comemorou a vitória. "Foi feita a Justiça", afirmou. Sikêra Jr não respondeu até a publicação da reportagem.