O delegado Felipe Borba disse, em nota enviada à reportagem, que "a palavra da vítima foi respaldada e complementada pelo testemunho de outras pessoas". O caso aconteceu em uma Unidade Básica de Saúde da cidade.
O médico, que não teve a identidade divulgada, também teria proferido outras ofensas a nordestinos. "Como, 'nós gaúchos trabalhamos o dobro para sustentá-los', 'eles vão tomar conta do Rio Grande do Sul' e 'o Brasil não vai pra frente por causa dessa gente'".
Em depoimento, o suspeito negou os ataques discriminatórios. "Alegando que manteve a conversa em nível profissional, sem qualquer ofensa. Entretanto, os demais elementos de convicção colhidos durante a instrução do procedimento indicam que houve a prática do crime, razão pela qual concluímos com o respectivo indiciamento", disse o delegado.
Agora, o Ministério Público do Rio Grande do Sul irá decidir se denuncia ou não o médico à Justiça.
A reportagem tenta contato com a prefeitura de Morro Reuter sobre o indiciamento. Caso haja resposta, o texto será atualizado. Na época da prisão em flagrante, o município disse que investigaria o caso internamente e só iria se pronunciar quando estivesse "totalmente inteirada dos fatos".