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EmergĂȘncia em saĂșde: crianças de atĂ© 9 anos são mais da metade dos casos de surto respiratório em Campo Grande

Em quatro meses, Capital ultrapassa 1 mil casos de SRAG (SĂ­ndrome Respiratória Aguda Grave)

Por Midia NAS em 02/05/2024 às 08:38:36
UPA lotada em Campo Grande (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

UPA lotada em Campo Grande (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Entre janeiro e abril de 2024, Campo Grande registrou 1.033 casos de SRAG (SĂ­ndrome Respiratória Aguda Grave), que levaram a prefeitura a decretar emergĂȘncia em saĂșde na terça-feira (30). Do total de casos de doenças respiratórias registrados este ano, 51% são de crianças de zero a 9 anos.

Os dados são do painel de monitoramento da Sesau (Secretaria de SaĂșde de Campo Grande) e mostram que são 537 casos de SRAG em crianças de atĂ© 9 anos e outros 256 em idosos com mais de 60 anos, os dois grupos de risco para doenças respiratórias.

Este ano, os casos de SRAG em Campo Grande começaram a aumentar em abril, sendo que em 2023 a gravidade dos casos aconteceu a partir de março. Os vĂ­rus causadores das SRAG tambĂ©m são diferentes, pois em 2023 houve um surto do sincicial respiratório e este ano, sequenciamento mostra rinovirus e influenza.

No ano passado, Mato Grosso do Sul viveu uma crise grave de sĂ­ndromes respiratórias, principalmente em bebĂȘs. Nos quatro primeiros meses de 2023, foram registrados 1.346 casos de SRAG em Campo Grande e 128 mortes, sendo 15 de crianças atĂ© 9 anos.

Neste ano, Campo Grande acumula 68 mortes em decorrĂȘncia das SRAG, sendo trĂȘs de crianças atĂ© 9 anos e 42 de idosos com mais de 60 anos. Os dados são do painel de monitoramento da Sesau.

Campo Grande em emergĂȘncia de saĂșde

A prefeitura de Campo Grande decretou situação de emergĂȘncia em saĂșde devido à alta de casos de sĂ­ndrome respiratória aguda grave. Com unidades de saĂșde lotadas, a Sesau negocia a abertura de novos leitos, principalmente pediĂĄtricos.

Atualmente, 29 crianças que dependem de oxigĂȘnio aguardam na fila por uma vaga em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Segundo a secretĂĄria de SaĂșde, Rosana Leite, hĂĄ aumento da ocupação de leitos das unidades de saĂșde da prefeitura e da rede contratualizada de urgĂȘncia e emergĂȘncia por conta do aumento de casos de SRAG (SĂ­ndrome Respiratória Aguda Grave) na Capital.

Apesar do cenĂĄrio ser menos grave do que no ano passado, hĂĄ aumento nos casos de internação de crianças e tambĂ©m o tempo de internação maior.

"Em quantidade da SRAG, no ano passado foram 1.400. Esse ano são mil, porĂ©m o tempo de internação desses nossos pacientes estĂĄ chegando de 10 a 15 dias. O que isso significa que não hĂĄ um giro de leito. O paciente interna e a gente não consegue colocar outro", explica a secretĂĄria.

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