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Com mudança de horário no Paraguai, lado brasileiro ganha 1h para receber vizinhos no comércio local

Para a Associação Comercial e Empresarial de Ponta Porã, mudança não traz prejuízos para o comércio brasileiro

Por Midia NAS em 15/10/2024 às 19:20:45
Linha imaginária separa Ponta Porã e Pedro Juan Caballero (Foto: Marcos Morandi, Midiamax)

Linha imaginária separa Ponta Porã e Pedro Juan Caballero (Foto: Marcos Morandi, Midiamax)

A mudança no horário oficial do Paraguai para uma hora mais cedo já é realidade, e deixou o país vizinho no horário oficial brasileiro. Agora, com o horário de verão, o Paraguai está uma hora "à frente" de Mato Grosso do Sul, o que gera desafios para moradores de ambas as cidades fronteiriças.

Muitas pessoas moram de um lado, mas trabalham ou estudam no outro, por exemplo. Portanto, quando é 8h na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã, no lado brasileiro ainda são 7h.

Para a Acepp (Associação Comercial e Empresarial de Ponta Porã), a mudança não traz prejuízos para o comércio brasileiro, apenas exige mais atenção de consumidores e comerciantes de ambas as cidades fronteiriças.

"Para nós é uma adaptação fácil, até porque não é a primeira vez que acontece", afirma o presidente da entidade, o empresário Helton Carlos Matos da Silva. O Paraguai já adotou o horário de verão em outros anos, inclusive quando o Brasil deixou de adotar a mudança.

Segundo ele, no comércio local a mudança não impacta em quase nada, mas até gera benefício para o lado brasileiro, já que paraguaios terão 1h mais para consumir produtos e serviços do lado brasileiro.

Isso porque, quem mora em Ponta Porã e sai do trabalho às 18h, por exemplo, pode ir para o lado brasileiro com o relógio marcando 17h no Brasil, podendo aproveitar o restante do dia no lado de cá. 

"Para trabalhadores brasileiros que são funcionários no Paraguai é preciso mais atenção, claro. Esse profissional vai precisar acordar mais cedo para poder ir trabalhar na cidade vizinha, mas nada que não possa ser gerenciado", explica o presidente da Acepp.

No entanto, a relação comercial das cidades-irmãs se mantém. "Uma depende da outra. Nós que estamos do lado de cá perdemos uma hora aqui para consumir lá. Mas quem está do lado de lá, ganha uma hora para consumir aqui", completa.

A alfândega 

Apesar da adaptação tranquila, a mudança afeta o funcionamento da aduana paraguaia, mesmo que do lado brasileiro não haja mudança.

Segundo a Receita Federal, os horários da alfândega do Brasil, em Ponta Porã, não mudam. Ou seja, o expediente no Brasil permanece com o mesmo horário, mesmo que do lado paraguaio os trabalhos comecem uma hora antes que o lado brasileiro.

Já aos finais de semana o expediente ocorre por meio de plantão, das 10h às 16 horas, destinado à liberação de passagem de caminhões vazios e também para os viajantes que queiram declarar suas mercadorias.

Aprovação da mudança

A mudança no horário foi aprovada pela Câmara dos Senadores do Paraguai em sessão ordinária realizada no dia 26 de junho.

Em seguida, o Projeto de Lei foi encaminhado à Câmara dos Deputados e, finalmente, aprovado pelo presidente Santiago Peña (Partido Colorado).

Na época da aprovação pela Câmara dos Senadores do Paraguai, o senador Derlis Maidana, presidente da Comissão de Legislação, alegou que o projeto geraria maior aproveitamento da luz solar.

"Portanto, (geraria) um menor consumo de energia elétrica, o que terá um impacto positivo na economia dos concidadãos, reduzindo as emissões de carbono e outros impactos ambientais relacionados com o consumo de energia elétrica [tradução nossa]." 

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