A irmã de Ana, de 44 anos, assassinada a tiros pelo ex-marido de 49 anos, na madrugada desta segunda-feira (11), no bairro Coophatrabalho, em Campo Grande, ficou sabendo do crime por uma vizinha da vítima. Carlos, namorado de Ana, também foi assassinado a tiros.
A vizinha disse que ouviu barulhos e acabou acordando. Ela revelou que conhece a irmã da Ana, que é a proprietária da casa, mas não sabia que elas eram irmãs. Ainda conforme o relato, a vizinha ligou para a irmã da Ana contando o que havia ocorrido.
Assim, a mulher contou que a inquilina era sua própria irmã. "Como vou contar para minha mãe?", teria dito a vizinha.
Outra moradora contou ao Midiamax que escutou três barulhos de madrugada, mas que não sabia que tinham sido de disparos.
Ela disse que saiu para ver o que estava acontecendo e encontrou a rua cheia de viaturas da Polícia Militar e da Polícia Civil. "Ela (Ana) era discreta com a vida pessoal", disse a mulher.
Equipes do Batalhão de Choque foram acionadas para a Rua Ibirapuã e, quando chegaram, o enteado de Ana contou que estava dormindo quando depois da meia-noite ouviu mais de 10 disparos e gritos de sua madrasta.
Ele disse ter reconhecido a voz do ex-marido de Ana. "É isso que talarico merece" e "ainda não morreu?", dizia o homem às vítimas. O rapaz se escondeu em um canto do quarto e acionou a polícia. Ana foi encontrada caída no corredor próximo à sala e Carlos caído dentro do banheiro da suíte. O autor já havia fugido do local.
Durante as diligências ao longo da rua, foi localizada uma câmera de segurança de uma residência que flagrou o autor indo e voltando do local do crime. As imagens foram mostradas ao filho do autor, que reconheceu seu pai.
Na residência onde o autor morava, os policiais localizaram cápsulas de revólver calibre .38, além de 12 munições de calibre .32, mais 84 munições de calibre .357, um revólver calibre .22, número 132504, e um revólver Smith & Wesson calibre .357.