O promotor eleitoral Gabriel da Costa Rodrigues Alves abriu procedimento preparatório para investigar uma denúncia de candidatura fictícia no Município de Ponta Porã. Se comprovada a irregularidade, os votos do Republicanos podem ser cassados, custando os mandatos dos vereadores Jelson Bernabé e Leandro Lelê.
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Segundo a denúncia, Camila da Silva, que teve 11 votos na eleição, teria sido utilizada no partido apenas para cumprir a quota de gênero, de 30% na chapa de candidatos.
O denunciante destaca o fato de a candidata ter quatro perfis na rede social, com 3.700 amigos na rede social Facebook e 2.620 seguidores no Instragram e não ter feito uma única publicação, seja de material de campanha como santinho, colinha ou convite para reuniões, vídeos de eventos da campanha pedindo votos.
Ainda segundo a denúncia, a candidata pagou R$ 300 para criação de um jingle, que também não foi utilizado na rede social e teria recebido R$ 4 mil de fundo partidário e pago R$ 3,4 mil para uma microempresa que tem como função registrada o serviço de preparação de terreno, cultivo e colheita. Essa mesma empresa também teria recebido de outro candidato.
Na justificativa para abertura do procedimento, o promotor destaca ainda que não houve apresentação de notas fiscais pelo prestador portanto não atendeu ao disposto no § 8º do art. 60 da Resolução 23.607/2019. Além disso, argumentou que o valor gasto com adesivos (R$ 1.000,00 e depois R$ 2.400,00) chama atenção, uma vez que o valor de mercado do adesivo perfurado para carro está na faixa de R$ 12,00 à R$ 15,00 e, portanto, a candidata teria confeccionados mais de 100 adesivos de carro e que, dificilmente, conseguiria adesivar toda essa quantidade de carros, porquanto as pessoas não gostam de se expor e alegam ter muito amigos como candidato.
O denunciante solicita a cassação do registro de candidatura e dos diplomas dos eleitos pelo partido, por conta da perda de votos de toda a legenda, se comprovada a irregularidade com candidatura fictícia.
Foto: Lécio Aguilela