No mĂȘs passado, o ministro atendeu ao pedido de anulação feito pelos advogados de Palocci e aplicou os precedentes da Corte que consideraram o ex-juiz Sergio Moro parcial para proferir as sentenças contra os rĂ©us das investigações. Moro era o juiz titular da 13ÂȘ Vara Federal em Curitiba.
Com a decisão, todos os procedimentos assinados por Moro contra Palocci foram anulados. Apesar da anulação, o acordo de delação assinado por Palocci estĂĄ mantido. Em um dos processos, ele foi condenado a 12 anos de prisão.
No recurso, Gonet disse que Palocci assinou acordo de delação premiada no qual denunciou "esquemas ilĂcitos" envolvendo agentes pĂșblicos e empresĂĄrios investigados na Lava Jato. Dessa forma, segundo o procurador, não hĂĄ prejuĂzos à defesa que justifiquem a anulação dos processos contra o ex-ministro.
"O pleito formulado não se sustenta em vĂcios processuais concretos ou na ausĂȘncia de justa causa, mas na pretensão de se desvincular de um acervo probatório autônomo, vĂĄlido e robusto, cuja existĂȘncia, em parte, foi por ele próprio reconhecida em sua colaboração premiada", afirmou Gonet.
O procurador tambĂ©m acrescentou que a PGR não defende os "excessos ocorridos na Operação Lava Jato".
"O MinistĂ©rio PĂșblico visa impedir que provas hĂgidas, obtidas por meio de medidas cautelares e outros procedimentos, sejam indevidamente retiradas do plano de existĂȘncia jurĂdico, sem prĂ©via e individualizada anĂĄlise", completou.