Os protestos são promovidos por grupos que não aceitam o resultado das eleições e a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas. Na tarde de terça-feira (1º), o presidente Jair Bolsonaro se pronunciou pela primeira vez sobre o resultado das urnas e comentou os protestos que ocorrem nas estradas em todo o Brasil.
Na segunda-feira (31), o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou o desbloqueio imediato das estradas, com punições aos manifestantes e ao diretor-geral da PRF em caso de descumprimento.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) fez um alerta para o risco de desabastecimento e a falta de combustíveis, caso rodovias não sejam rapidamente desbloqueadas. Em nota, a entidade alertou que as indústrias já sentem os impactos no escoamento da produção e relatam casos de impossibilidade do deslocamento de trabalhadores.
Segundo a CNI, as paralisações já atingem o transporte de cargas essenciais, como equipamentos e insumos para hospitais, bem como matérias-primas básicas para as atividades industriais.
Dados da CNI mostram que 99% das empresas brasileiras usam as rodovias para transporte de sua produção. “O setor industrial se posiciona contrariamente a qualquer movimento que comprometa a livre circulação de trabalhadores e o transporte de cargas e que provoque prejuízos diretos no processo produtivo e na vida dos cidadãos - os mais impactados com essa situação”, destacou a CNI.